segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Momento


Voltando de uma noite ótima com amigos! Feliz!

Lembranças de Natal

No Natal do ano passado eu tive folga do estágio. Aproveitei o momento para viajar. Final de ano é muito bom, mas sempre é muito estressante, viajar é ótimo para espairecer...
Fui para o Rio. Conheci pessoas diferentes, me apaixonei por alguns dias, subi o moro para dançar funk. Entre as minhas paixões diárias, conheci um cara que para sempre será uma pedra no meu sapato.
Não que eu goste dele. Mas a química que rola sempre que a janelinha com o nome dele sobe no meu msn é incrível.
Nos conhecemos na praia, eu tomando sol e dormindo, depois de uma super balada natalina. O meu sono era por vezes interrompido por gritos de uns meninos que jogavam bola nas proximidades. E quando o barulho rompeu todos os limites possíveis, desisti de dormir e me levantei. Ele estava correndo, de costas, esperando pela bola, e eu ali, em pé esperando acordar realmente. Ele não me viu, nem eu. Foi uma bela trombada, seguida de uma bolada. Caímos na areia e rimos muitos. Os amigos dele insistem em afirmar que foi tudo milimetricamente planejado. Não sei até que ponto eles têm razão.
Prefiro pensar que ele foi o presente que o Papai Noel ainda não havia me entregado.
Depois do momento das gargalhadas, ele começou a pedir desculpas e mais desculpas. Como prova do meu perdão, tive que aceitar um sorvete. Mas não foi pelo sorvete que aceitei o convite, foi pelo par de olhos verdes.
Passamos a tarde juntos, conversando. Caminhamos pela orla, jogamos bola e tomamos um banho de mar. Era um curitibano que estava no Rio há 2 anos para estudar. Fazia engenharia de qualquer coisa.
Vimos o sol se pôr. Ele me levou em casa e combinamos um encontro mais tarde.
Sentamos num barzinhos, curtimos um sambinha, ficamos bêbados e fomos andar na praia. Amanhecemos.
Tudo era bom na companhia dele. Nos encontramos todos os dias que restavam para o meu retorno. Tentei ficar mais dias que o planejado e ele tentou passear por São Paulo, para me ver.
Lembro até hoje dos olhos verdes. Às vezes eles ficam próximos de mim, entre um feriado aqui e uma folga no trabalho dele. Se as agendas não estivessem tão ocupadas, ou se os quilimetros não insistissem em nos separar, viveríamos aqueles dez dias pra sempre.
Os olhos verdes encontrados com os olhos castanhos.
Tomara que o Papai Noel se lembre de mim novamente neste Natal!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O que dizem por aí...

O papo hoje na agência girou em torno de astros. Não, não falávamos de mim (rs!), falamos da influência que existe (ou não) da lua, sol e ascendentes...
Sou aquário com lua em touro e ascendente em gêmeos. Não me pergunte ao certo o que isso quer dizer, só sei que esse foi o resultado que encontrei após digitar nome+data de aniversário+local de nascimento+sexo.
Li várias linhas que deveriam me definir. Algumas palavras eram bem a minha cara, mas outras... Passaram muito longe!
Entre umas e outras, me caracterizaram como individualista (às vezes!), conservadora (nunca), exibicionista (hahahaha!), alegre, contagiante, que tenho tendência a descontar meu nervosismo no trabalho, criativa, sincera, fiel, prática, racional, moleca, egocêntrica e excêntrica, gosto de experimentar coisas diferentes.
Descobri que sou várias coisas opostas. Mas isso foi uma conclusão que eu mesma tirei. Consigo ser exibicionista e tímida ao mesmo tempo. Indecida e extremamente decidida no que eu quero. Organizada e desajeitada.
E descobri também que é muito chato querer me definir com algumas palavras. Dizer que sou assim ou assado. O bom é poder ser tudo. Porque ninguém é a mesma coisa sempre, nem tem as mesmas atitudes. Às vezes sou extremamente tranquila, saltitante e quero comer salada. Outros dias estou brava e quero devorar um mc donalds. O melhor é poder se encaixar nas situações que aparecem no nosso dia e passar por elas vivendo intensamente feliz!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

TCC

Tem coisa que só acontece comigo, definitivamente. Semana de projeto final na faculdade, mil coisas para resolver, vários detalhes para arrumar e um planejamento estruturadíssimo para que tudo saia perfeito no grande dia. Impressões e mais impressões. Assisti inúmeras bancas para avaliar o que era necessário e o que poderia descartar. Vi A's que mereciam B's e A's que mereciam um "com louvor", mas não tiveram. Vi injustiça, vi prepotência, vi humildade, vi trabalhos bons. Vi gente que fez tudo e gente que não fez nada. Me preocupei. Passei mais algumas madrugadas fazendo trabalho, teriminhando a 37ª versão da planilha, relendo o manual de logomarca, revisando cada ponto do briefing. Ensaiei a apresentação na frente do espelho com o cronômetro na mão. Tive idéias. Mais idéias. Mais umas... E outras!
Era hoje! Coloquei minha roupitcha roxa (cor da agência) e fui feliz para a faculdade... Nem lembro qual foi a última vez que cheguei tão cedo na aula. Grupo reunido. Expectativas, ansiedades, tensão, empolgação. Um mix de marketing... ops! Sentimentos...
Minha mão suava, mas eu estava tranquila, por mais que não parecesse.
O professor chega na sala. Seríamos o primeiro, o segundo ou o último grupo?
Um amigo passa mal. O professor avisa que perdeu todo o meu trabalho. Fico pra depois.
Semana que vem talvez eu apresente. Serão só mais umas noites em claro.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Festa ProAction!


















Teve até show de rock. Line-up escolhido a dedo pelo DJ. Teve churrasco, cerveja, vodka. Teve piscina, garota-molhada, histórias pra ficar na memória...
Teve gente querida! Gente animada! Gente legal...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

00:56h

Nem todas as minhas madrugadas são passadas em festas. Algumas são passadas em frente ao computador, trabalhando. E por incrível que parece, são tão prazerosas quanto as noites que passo em baladas. Gosto de escrever no silêncio. Quando olho pra trás e vejo a agência vazia, ou quando estou sozinha no meu quarto, me escuto. Me encontro. Consigo entender o que estava o dia inteiro na minha cabeça e não se estendeu para o papel porque não consegui me desligar do mundo. Tenho uma dificuldade enorme em focar a minha atenção em uma única coisa. Presto atenção em tudo. Reparo em detalhes e, ao mesmo tempo, me disperso. Por isso meu trabalho rende de madrugada, estou focada nas minhas idéias. Nos meus pensamentos. E até o sono, que seria um grande impecilho, faz a minha alegria. Me divirto com meus desvaneios psicóticos embalados pelo tal sono; me desperto de viagens malucas e, ao mesmo tempo, me permito sonhar acordada com o que antes parecia super impossível. Só escuto o som das minhas palavras. Ora elas batem no teclado do cumputador, ora riscam um papel, ora saem da minha boca, ora gritam na minha cabeça.
Escuro, expirra, expira, inspira.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

21!

Nada como ter 21 anos. A noite começou com uma exposição de esculturas fantástica. Alimentei o meu lado cultural. Vi peças incríveis e aprendi uma nova técnica de fazer arte. Uma taça de champagne me animou para ir para um barzinho conversar. Foi o aquecimento para a minha balada perfeita. Música boa, gente bonita, muita dança, muita animação. Queria que o mundo inteiro vivesse aquele momento e que aquele Dj tocasse pra sempre.
Vento no rosto de novo. Bar com os amigos. Risadas. Uma música boa começa a tocar e alguém sugere uma roda de violão. Tentativas frustradas de comer japonês terminam em uma drogaria 24 horas. Três pessoas na fila e vários sacos de batatas chips.
Instrumentos em mãos, rodinha formada. Praça, vento, luz da lua. Música que movimenta o mundo.
Música que une pessoas diferentes, que nos permite novas amizades, que rende histórias e momentos pra sempre!
Nada como ter 21 anos, chegar 7h da manhã em casa, tomar um banho e ir pra aula.
Nada como ter 21 anos e viver os 21. Daqui alguns anos posso achar tudo isso insano. Posso não conseguir mais aguentar um dia de trabalho depois de uma noitada, mas vou ter certeza que vivi o quanto consegui. Que aproveitei. Que fiz tudo que queria fazer.

E outra, vou ter muito tempo pra dormir quando tiver 70 anos! =)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sem mais nem menos, ele falou...

Era mais um dia normal.
Acordei cedo, fui pra faculdade, depois corri pra aula de francês. Tudo absolutamente como deveria ser.
Como sempre, esqueci algumas coisas em casa. Deixei uns papéis importantes em cima da mesa e tive que me virar no escritório para conseguir as informações que estavam naqueles rabiscos. Mesmo com alguns casos para analisar e duas propostas de conciliação jurídica em cima da minha mesa, tive que dedicar um bom tempo do meu dia para tentar lembrar qualquer coisa das anotações. Claro que foi inútil. Minha cabeça já não funciona muito bem normalmente, lotada de trabalhos e preocupações então, impossível.
Precisei apelar e ligar para as pessoas do grupo que certamente teriam cópia dos meus escritos. Liguei para umas três pessoas e nenhuma delas foi útil. Fiz de tudo para não ligar pro quarto integrante. Sabia que me renderia um papo absolutamente desnecessário. E esse papo se acumularia em lembranças. Fiz de tudo, mas acabei ligando.
Entre a troca de informação acadêmica, um elogio ou outro chegava ao meu ouvido. E o apelido que ele sempre me chamava, isso fez minha perna tremer. Percebi o quanto ele estava feliz e perguntei o motivo. Fui obrigada a ouvir que era por minha causa, que era o efeito da minha voz na vida dele. Não soube responder. Mudei de assunto. Ele insistiu. Disse que me adorava, que pensava em mim e que meu sorriso era fixo em sua cabeça. Fiz de tudo para não acreditar. Não foi isso que percebi naquele domingo, quando encontrei com ele no cinema. Ele estava acompanhado.
Mudei de assunto novamente. Foquei no trabalho que deveríamos fazer. Inventei qualquer desculpa para desligar e passei o resto do dia aérea. Longe de todos os meus trabalhos no estágio. Longe de todas as petições, ações e processos. Longe de todas as matérias que eu precisava estudar para a maratora de provas que enfrentaria na faculdade. Longe de mim. Bem perto dele.
Acordei para o mundo quando a música da Amy que eu ouvia foi interrompida pelo barulhinho do MSN. Uma janela subiu na minha tela. A dele. E tivemos a menor e mais impactante conversa.
ele: Ja te falei q te amo???
me: não
ele: pois eh te amo...
me: ...
ele: =)
me: vc merece uma surra, sabia....rs...
ele: tapa de amor nao doi....
me: mas outras coisas doem...

Ele falou. E há um tempo era tudo o que eu queria ouvir. Agora já não sei. Acho que mais que ouvir, agora eu quero sentir que isso é mesmo verdade. Talvez seja só mais uma das coisas que se fala da boca pra fora...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sorriso

Gosto de sorrisos. Eles são confortantes. E tenho amigos que sorriem constantemente para me alegrar. Sabem me olhar nos olhos com um sorriso. Às vezes nem precisam mover os lábios, conseguem expressar alegria e mansidão magicamente através de suas feições.
Sorrisos sempre nos fazem sorrir. Já experimentou apresentar um trabalho sorrindo? Todo mundo te recebe tão bem e fica tão preso nas suas palavras. E atender o telefone sorrindo? É incrível como as pessoas percebem.
Desperdiçamos tantos minutos do nosso dia reclamando da vida. E tudo poderia ser resolvido com um sorriso.
Um simples movimentos dos lábios pode fazer o dia de alguém diferente. Vale mais que muitas palavras. Sente. Transmite calma, cumplicidade, às vezes até sem conhecer o seu distribuidor.
E vamos combinar, né?! Certas pessoas são peritos em distribuir sorrisos. São distribuidores natos de alegria. E fazem tudo melhor. Mantém um brilho no olhar imensurável.
Sorriem.

Vários sorrisos pra vocês!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Hoje, eu...

Tenho a impressão que não devia ter saído da cama hoje. É mais um dia daqueles. No meio de todo mundo me sinto sozinha, querendo um colo e silêncio. Não quero conversas profundas, nem quero que perguntem como estou. Só quero companhia, cafuné e carinho. Queria chorar, não por tristeza ou dor, mas para desabafar. Queria correr para bem longe, sentar no topo de uma montanha e observar. Tenho feito tanto e não faço nada. Tento mudar a mesma coisa há muito tempo e tudo continua exatamente como está, porque não dou o próximo passo. Ou o primeiro. Não sei se sai da cama hoje para um dia ruim ou se simplesmente acordei pra realidade.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Pensei

Admiro as pessoas que são reconhecidas por seus pensamentos.


Eu tenho medo dos meus.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

De mim

Ontem comecei um movimento, mandei um teste em branco para vários amigos, para que respondessem coisas sobre mim. A maioria das perguntas não tinha um certo ou errado, era expressão do que eles pensam sobre a minha pessoa; o quanto me conhecem e o quanto me interpretam! Fiz um apanhado geral, peguei algumas respostas, de pessoas diversas e postei aqui. Sem identificar os donos das opiniões. Foi legal ver o quanto muitas respostas são extremamente iguais e quanto outras são completamente diferentes.

- Quantos anos eu tenho? Quando é o meu aniversário?
21? Infelizmente não sei, mas eu chutaria que é aquariana...
SEU NIVER É 6 DE FEV... QTOS ANOS C TME MSM? 12? HIHIHI

-Vc lembrou do meu último aniversário?
lembrei sim. e o gosto da sua boca ainda estava na minha.
Não fui convidado, sabe... Mentira! É em fevereiro, nem devia ter ninguém aqui em BH!

- Qual a primeira impressão que vc teve de mim? Se ela mudou, pq mudou?
Putz, e quem disse que eu lembro. Devo ter te achado metida. Todo mundo te acha metida mesmo, num vou ser diferente!
NERD POP. Não só a impressão mudou, vc mudou. Prq vc era uma nerd pop. E hj vc é muito mais do que qualquer impressão que possa provocar nas pessoas. Você impressiona!

-Cite dois defeitos meus:
Sei que você é "gente boa e não está dando mole". Mas poderia ser MENOS gente boa com os urubus que querem te pegar.
gosta de TODA a atencao e dias de mau-humor

- Uma palavra que me defina:
sucesso e ahazou
RAKELI! RSRSRS BRINCADEIRA.... HUM.... “MENINA”
magnânima. (hehehe)
Autêntica

-Do que eu tenho medo?
De escuro
De não ser a publicitária mais foda do mundo

-Qual o meu maior sonho?
sei q vc gostaria de se tornar uma atriz mas acredito que seu maior sonho seja ter muito sucesso profissional.
Almap

-Como vc me imagina daqui 10 anos?
Dona de uma agência de publicidade? Sendo maior do que Nizan, Olivetto e cia limitada... JUNTOS! hehehe
Bem-sucedida, ganhando um puta salário numa puta agência (ou dona de sua própria agência). Morando em São Paulo. Solteira, com alguns ex-namorados que duraram de um a três anos cada. Vc não será virgem, todos os seus ex-namorados viverão enchendo o seu saco querendo voltar e vc vai resolver que homem é a coisa mais errada, mal feita e mal acabada que Deus fez.
Como minha dupla na Almap.

-Acha que me casarei? Com quem?
casa comigo?
IXI... DO JEITO QUE É INDECISA COM ESSAS COISAS... SÓ SE ENCONTRAR UMA PESSOA MUUUUITO DECIDIDA! RSRSRS CLARO QUE ISSO DEVE ACONTECER LOGO... EU ACHO... KKK

-Qual música eu escuto direto?
UMA DE UM CLIPE QUE O LUIZ TE MANDOU QUE EU NÃO SEI O NOME MAS DIZ “YOU AND IIIIII BOOOTH”
Eletrônica

-Qual filme me fez chorar?
A Walk To Remember! Td menina chora nesse filme...
PROCURANDO NEMO

-Vc acha que eu beijo bem?
Podeeemos testar! ;)
nao sei. me mostra?
Tenho certeza!

-Você me considera madura?
tirando qdo o assunto é relacionamento amoroso
ate demais

-Estiloso (a)?
Principalmente quando vai de de de shortinho pra aula! ;) Ou quando vai preparada pra conhecer algum bam bam bam da publicidade nacional! hehehe
Um bocado.

-Atraio pessoas do sexo oposto?
E eu preciso MESMO responder isso? Num já ta ÓBVEO, pela quantidade de gente babando por vc tds os dias?
FATO! HEHEHE...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Foi

Um deles morreu.
E por que não os dois?
Por que a substancialidade de um matou o outro?
E por que ele se transformou num fantasma pra me atormentar?
Queria que os dois tivessem partido; cada um no seu devido momento, e que não voltassem mais. Queria pensar nas lembranças boas boas que construí, mas não queria desejá-las mais. Queria um longe de mim.
E não quero que o outro se vá.
Porque somente um tem que morrer.
O outro precisa, entre uns e outros, se fazer viver.
Um deles morreu. E não quero volte mais.
Só não quero ficar sozinha.
Só não quero desejar voltar.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Começo

Gosto dos começos. Quando tudo ainda é inédito, quando ainda estamos descobrindo as coisas, e como ficamos maravilhados com cada novidade.
Começo de mês sempre me faz pensar que farei coisas diferentes, que irei mais à academia, que me dedicarei mais ao trabalhos universitários e à todas as minhas obrigações, que economizarei mais o meu salário e que tirarei um tempo extra pra mim. Adoro esses planos.
Gosto dos começos. A primeira página de um caderno, quando o branco é ainda mais branco, quando escrevemos com muito capricho e tomamos um cuidado extremo para não amassar nada.
Começo de ano, com seus planos esperançosos e até utópicos. Começo de namoro, com a paixão acessa e a vontade de conquistar sempre mais um pouquinho. Começo de trabalho, a empolgação que nos motiva a fazer sempre o melhor.
Gosto dos começos. Do inédito. Do novo. Da estréia.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Memórias

Poderei contar às meus netos que fiz muitas coisas boas nessa vida. Quero ter orgulho das minhas memórias, quero lembrar com carinho de cada passagem, de cada pessoa, de cada gesto.
Das gargalhadas que fizeram minha barriga doer. Do quanto fiquei vermelha ao dizer que gostava. Do dia que sai de casa de pijama. Das vezes que tomei um pote de sorvete sozinha. E como eu ri no cinema da segunda feira a tarde, quando a sessão era só minha! Quero contar que vivi, que fiz tudo que tinha vontade. Que viajei escondido, que fiquei até tarde na rua, que andei mais só pra ver alguém e que mudei meu caminho para não ver. Vou falar das mensagens insanas que mandei, de quando mandei ele voltar, das festas que fui, dos perigos que corri e dos montes que escalei. Vou falar dos chocolates que devorei, dos livros que li, dos trabalhos que não fiz, das horas de ônibus que enfrentei pra chegar em lugar nenhum, das caminhadas de madrugada, das ligações inesperadas. Vou falar de coisas que fizeram a diferença. De coisas que fazem valer a pena o outro dia. De tudo que me tira o fôlego e me mostra que a vida é muito mais gostosa do que a gente pensa!
E você, vai contar o quê?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Tudo mudou

Tem um dia específico na nossa vida que, ao colocarmos o pé no chão depois de uma noite de sono, percebemos que tudo mudou!
Nos vemos mais profissionais, mais responsáveis e mais impacientes.
Encaramos os fatos mais racionamente, abrimos nossa mente para novas possibilidades e deixamos de lado aquela impulsão exagerada. Agimos calculadamente, falamos o necessário e precisamos de um interesse maior em tudo.
O nosso ciclo de amizades de afunila, aprendemos que nem todos são tão confiáveis como parecem e ficamos mais exigentes com o mundo.
A vida fica mais corrida. Não temos mais muito tempo para andar a toa pela rua, de observar a natureza, nem de contar as estrelas do céu. Ficamos sem tempo, totalmente escravos de horários determinados e dos tic tacs do relógio.
Tem um dia específico na nossa vida que percebemos que tudo ficou mais chato!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O mesmo nome..

Eles tinham o mesmo nome. Gostavam da mesma cerveja, malhavam no mesmo lugar, tinham o mesmo tipo físico (alto, loiro e de olhos castanhos claros). Eles tinham a mesma idade, o carro era da mesma cor e preferiam carnes vermelhas.
Eles eram legais, simpáticos e descolados. Me levavam nas mesmas festas e faziam parte do mesmo grupinho social.
Eram dois iguais. Até aí...
A diferença é que um era administrador e o outro médico. Diferentes profissões que fizeram deles pessoas completamente opostas.
O administrador me fazia rir, me ligava sempre pra falar besteira. Quando a gente chegava nas festas, ele parecia o candidato a prefeitura da cidade. Popular, desorganizado com suas próprias coisas, criativo. Me dava os presentes mais malucos. Era pontualíssimo em todas as nossas comemorações. Nunca esqueceu nenhum mês de namoro, nenhum aniversário, nenhum jantar.
O médico me levava extremamente a sério. Nossas conversas eram mais formais e ele sempre tinha falava pausadamente, como se escolhesse a dedo cada palavra. Conhecia todo mundo, mas ficava na dele sempre. Nas festas, sempre estávamos longe da galera, curtíamos a música e as bebidas e nos bastávamos. Trabalhava demais, sempre esquecia as datas certas de cada comemoração e se perdia no meio de tantos plantões. Mas sempre me deu os melhores presentes do mundo. Tinha um bom gosto único e muito refinado.
Quando conheci um, lembrei do outro. Foi inevitável. Era o mesmo nome, o mesmo tipo físico, mas um era médico e o outro administrador.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Vamos rir...

Não vou falar mais uma vez que eu gosto de você. Não mesmo. Nunca gostei na verdade, só quis te encantar. Cheguei de mansinho e conquistei o seu olhar, com o ar da minha graça fiz você me querer, fiz seu corpo me desejar... Tudo para te mostrar do que sou capaz. Só para provar que meu poder é maior que o seu, e que eu não entro em nenhum jogo pra perder.
Te deixo louco, te falo bobagens e te prometo a felicidade intensa. Falo o que você quer ouvir. Faço você sentir o tal.
Não é egoísmo, é meu senso de humor! Estou brincando de te fazer feliz...
Nosso estranho momento de encanto me rende boas risadas no final do dia.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Um beijo...

O telefone tocou... Senti aquele frio na barriga que sempre acontece quando você me liga, fico imaginando mil coisas. Mas aquele toque era um sinal. Apertei o botão do elevador e esperei. Foram minutos eternos de espera. E eu despencava a cada andar. Cheguei no hall. Do portão da entrada avistei seu carro. Cada encontro era uma surpresa. Eu não sabia ao certo como você ia me tratar, nem onde me daria um beijo...ah, o tão esperado beijo; que muitas vezes nem acontecia. Mas aquele dia nossos lábios se encontraram, e eu sorri. Você perguntou porque eu ria enquanto me beijava, até achou que eu estava fazendo alguma brincadeirinha. Eu estava feliz. Simplesmente feliz! Enquanto você me envolvia com seus braços, eu me envolvia mais na sua boca. Sentia sua vibração. Todos os meus músculos e sentimentos foram ativados. A gente se tocava, se trocava, viajávamos. Você tem o poder incrível de me tirar do lugar.
Movimentos contínuos, initerruptos, infinitos...
Os nossos lábios estavam trancados, grudados e se completavam.
Quando demos as mãos pela primeira vez você comentou como era engraçado o modo que elas se encaixavam Os nossos beijos, então, eram perfeitamente adequados. E complementavam o nosso desejo.
Perfeitamente complementares.
Quero todos os nossos próximos encontros assim. Quero muitos motivos para o frio na barriga e para tensão que toma conta de mim.
Quero beijos intermináveis.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Faz parte do meu show...

Falo ainda mais alto, danço até o sol raiar, me desdobro. Dou idéias irreais, faço acontecer, falo pra você perceber...
Faz parte do meu show! Risadas escandalosas, brincadeiras cheias de segundas intenções, um suspiro...
Faço tudo pra chamar sua atenção... Me permito, grito, tiro a roupa. Viro umas e outras, falo outras línguas em outras línguas, corro o mais rápido que posso e me lanço.
Até me atirar de um penhasco e voar. Pro meu show ser ainda mais completo, pra eu te ver ainda mais de perto e pra você me reparar.
Faz parte do meu show... correr riscos sem sentido, fazer tudo tão bonito e fazer ainda mais. Sou feliz, espontânea, sou eu... Pra chamar a sua atenção sou política, sou escritora, pensadora, intelectual. Compro qualquer briga, entendo de tudo e não faço nada em vão. Me invento, reinvento, descubro várias outras pessoas, mesmo sendo uma só... Faz parte do meu show, para ouvir todos os aplausos no final!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Acho que...

Moço, deixa eu fazer uma coisa?
Deixa eu subir no seu ombro, pra poder enxergar um pouco mais longe. Quero ver se daí de cima as coisas são mais legais do que daqui de baixo. E quero alcançar aquela nuvem...
Moço, mas você me segura? Quero subir mais alto, mas tenho medo de cair. Tenho medo de não conseguir... E se eu tropeçar? A gente podia chegar mais pra lá. Ali ó: onde tem aquelas gramas. Porque se acontecer alguma coisa, tem a grama macia embaixo, né?! Mas moço, não deixa nada acontecer, por favor! Não quero me machucar! E vamos rápido, antes que escureça, não gosto do escuro.
Moço, segura a minha mão com força, as duas! Eu quero ver além. Sabe aquela árvore, aquela lá longe?! Quero ver depois dela, você me ajuda?
(...)
Não moço, não adianta... Quero muito enxergar mais longe e poder saber das coisas que estão distantes, mas eu tenho medo. Eu sei que você vai me segurar... Mas não tenho mais medo de subir... Tenho medo do que vou ver! Medo de ver que não é nada daquilo que eu espero, nada do que imagino.
Também não sei se quero coragem pra encarar...
Moço, acho que não quero ver mais nada!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Transições

Lembro de quando você parava o carro na porta da minha casa. Descia, ligava o som e ficava cantando até eu acordar. Até abrir a janela e mandar um beijo pra você. Confesso que muitas noites eu já estava acordada, esperando você chegar. A minha maior vontade era descer as escadas correndo e me jogar nos seus braços, mas eu não podia, meu pai não deixava. Então eu ficava ali, na janela, te observando, acho a coisa mais linda do mundo cada nota que você desafinava. No final, você colocava uma flor na caixa do correio e partia. Sempre fiquei vendo você partir. Não conseguia dormir, tamanha a empolgação e felicidade, ficava contando as horas para o dia amanhecer, pra eu descer a escada correndo e pegar a flor.
Lembro de quando eu não te quis. Então você viajou 450km para me ver, para tocar o interfone da minha casa. Insanidade. Mas deu certo. Você provou que valia a pena correr os riscos, provou que não era mais um caso.
Lembro das horas que passávamos brincando de acertar bolinhas de papel um no outro. E de quando dançávamos até amanhecer em uma balada qualquer. A gente se bastava. Qualquer lugar era bom quando a gente estava junto. Até mesmo depois de um longo dia de trabalho.
Lembro de quando acampamos, das vezes que fomos para o cinema e não vimos filme, dos shows desprestigiados e de todos os abraços que faziam calar o universo. Compartilhávamos a mesma loucura, os mesmos sonhos, os mesmos amores. E ríamos muito, de tudo. Não havia muitas preocupações, era muito melhor viver a vida e fazer valer cada segundo. Por isso a gente não desperdiçava.
Aprendemos tantas coisas juntos. Construímos tantas histórias. A gente se entendia com um olhar. Éramos cumplices, amigos. A gente fez ser eterno enquanto durou...
Alguns outros carros já pararam na minha porta. Nenhum cantou, nenhum veio de tão longe, nenhum me vez perder o sono e o fôlego. Todos eu apenas fiquei olhando partir.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sinônimo de amor de carinho

Não ir embora, sinõnimo de amor e carinho.
É o sentimento que me toma nas lembranças de quando minha mãe entrava no meu quarto para me desejar um boa noite de sono. Ou quando ela me liga nos domingos a noite para me abençoar com uma boa semana.
Sinto amor e carinho, sinto proteção. E mesmo vendo a porta se fechar ou quando desligamos o telefone, sinto que ela não se foi. Nossa distância física não corresponde à nossa distância sentimental. Sinto-a perto, sempre.
Ela me entende, compreende meus conflitos econfusões, me lê completamente. Muitas coisas nem preciso falar, ela já sabe, sempre soube.
Às vezes tenho até medo do quanto ela me interpreta. Porque quanto mais ela me conhece, mais vê minhas imperfeições, meus defeitos mais sombrios e minha verdade mais latente. E eu, que queria ser perfeita, me revelo ser humano.
Desde que surgi sua vida nunca mais foi a mesma; sua razão de viver, foco e prioridade mudaram. Suas noites de sono não são mais completas. Queria ser perfeita para compensar todo esse esforço, todas as noites mal dormidas e todas as suas preocupações. Cada segundo que sou lembrada.

Mas a priori, ela me ama de todo jeito, mesmo eu sendo eu mesma!
E, ao meu ver, não há no mundo mãe mais perfeita pra mim!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Tente...

Quem disse que vai estar sempre azul o céu?
A chuva vai começar e a gente vai se molhar. Entre logo em casa.
Nunca disse: "é fácil", nem disse que teria flores todos os dias. Mas é só esperar, que o tempo vai mudar...
Sorrir, assim... Vai chegar o dia, vai parar a chuva!
Tente tocar as estrelas do céu, tente um sorriso.
Tente dançar, vá se molhar, tente um sorriso!
Coloque sua música predileta, desligue a tevê. Bagunce seus brinquedos. Tome um banho demorado... a chuva vai passar.
Sorrir, assim... Vai chegar o dia, vai parar a chuva!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sentimentos (não) são tão fáceis de mudar...

Acho que o mais complicado numa relação é quando ainda gostamos de alguém e, aos poucos, começamos a esquecê-lo. Por uma força maior, além do nosso controle. Tantos quilômetros e tantos dias se perdem no ar. Percebo isso quando quero lembrar...
Antes sua imagem estava ali, fixa na minha cabeça. Agora, preciso recorrer às fotografias.
Estou começando a te esquecer. Mesmo gostando de você.
Simplesmente estou deixando acontecer. Talvez um dia você seja apenas a fotografia, não o sentimento. E talvez eu não queira mais recorrer à sua imagem. Talvez esteja guardada.
Simplesmente estou deixando acontecer...
...ainda vou conseguir viver sem você!
Estou começando a te esquecer...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Dos vícios insanos...

Seria tão bom se eu não encontrasse tanto prazer a cada vez que você percorre meu corpo. Você me coloca em estado de transe, vou para um mundo paralelo e vejo coisas incomuns. A cada encontro, uma experiência mais profunda. Um clima de intimidade e cumplicidade tão obsceno e vulgar, tão exploratório e nu. Não escondo nada de você. Me mostro por inteira, me revelo, deixo você me tomar. Sou dominada pelas sensações que você me traz, me carrega daqui, ma faz revirar os olhos de êxtase. Nossos atos não são públicos, precisamos ficar sozinhos, só eu e você. Momentos de glória. Minutos de luxuria. Horas. Penetra meu corpo, minhas entranhas. Me sinto ilegal, ilícita. Preciso de mais, e mais, e mais...
Quero ir além, mais...
Mais fundo...
Além do que olhos podem ver. Quero sair daqui.
Não consigo mais pensar, só querer. Só ter, só ir além...
Mais. Menos pensamento. Me sinto forte, potente. Só quero você. E mais, e mais, e além...
É impossível me manter calada, gritos sucumbem o meu momento, gritos de explosão, euforia, atinjo um outro nível. Menos pensamento. Não controlo meus movimentos. Meus braços e pernas ganham vida própria. Além de mim. Além de você. Além de todo o mundo supernatural. Substratos, invasões, tensões e tesões.
Quero ir além, mais...
Menos pensamento!
Tudo se transforma quando seu feito passa. Fico lixo, lixúria, imundice humana. Contradições de momentos. Sequelas. Menos razão. Menos coragem para encarar o mundo real. Quero ficar quietinha, sozinha. Fora de alcance. Me sinto frágil, dominada, envergonhada, detonada.
Menos razão!
Quero ficar aqui, menos...

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Dos contos improváveis...

Era sábado, e estava muito frio. Foi super difícil criar coragem para sair da cama, ela estava muito aconchegante com todos aqueles travesseiros. Minhas melhores companhias desde que terminei com meu ex-namorado.
Desci as escadas e preparei um café bem forte. A balada de sexta foi ótima, mas exagerei no álcool. Não havia ninguém de interessante naquele lugar para matar minha carência, melhor beber.
Carência, sentimentozinho desagradável que faz parte da minha vida há três meses.
Aproveitei o momento do café para ler o meu jornal. A faxineira já havia deixado-o em cima do balcão da cozinha, estratégicamente.
Comecei a vasculhar os cadernos. Com a ressaca que estava, o que menos queria era ler sobre política, casos policiais, economia e esportes. Abobrinhas.
Fui direto para coluna social. Adoro. Pessoas legais, bonitas , festas super badaladas... e aquele monte de casal. Ver fotos de pessoas felizes e apaixonadas, que acreditam que o amor é pra sempre é péssimo quando se está sozinha, sentindo falta de um abraço.
Só queria alguém que me desejasse. Nem que por um único dia.
O caderno social foi deixado de lado. E bem embaixo estavam os classificados. Bem ali, olhando pra mim. E eles pareciam bem menos chato que as notícias sobre a lei seca e o governo.
Carros, motos, geladeiras, fogões, companhia, máquina de lavar roupa. Opa... volta: companhia?!
Dei uma passada de olho rápida para conferir se era verdade. E era! Comecei a me divertir com aquilo. Loiros, baixos, altos, morenos, japoneses, negros. Era homem para tudo que é gosto. Uns mais safados, outros bem tapados (esses eu pulei logo, não me converceram que eram bons de cama), uns bem quentes... Será?! Mas e se alguém descobrisse?
Gritei a Ângela, ninguém respondeu...
Um obstáculo a menos; a faxineira já tinha saído.
Pensei.
O que as minhas amigas achariam disso?
Ai, medo e curiosidade total!
Bom, eu não preciso contar... Selecionei o anúncio. O que me pareceu mais sensual.
"Moreno, olhos verdes, 1,82m. Pronto para te fazer ver estrelas. Corpo malhado e sensual. Pode pedir o que você quiser!".
Reli umas 5 vezes. "Pode pedir o que você quiser" não saia da minha cabeça. Peguei o telefone. 9984...
Desliguei. Nossa, era muita insanidade mental. Não preciso disso.
"Pode pedir o que você quiser".
Será?
998419... Ai! 99841911... Chamou...
Minha barriga estava borbulhando e minha mão suava. Chamou mais uma vez.
- Alô
Uau! Que voz envolvente! Tive vontade de tirar a roupa só com aquele alô. Mas não respondi.
- Alô!
- É... oi...
- Oi (incrível como ele era seguro)
- Como você chama?
- Carlos
- É... vi seu anúncio... Tem a tarde livre?
- Na sua casa ou na minha?
- Na sua... Não! Na minha!
- Tenho
- 13h?
- Pode ser
- Rua Tomás Gonzaga, 75/702
- Ok! Até mais. Beijo.
Aiiii, que nervoso! Já sei: vou sair de casa! Ele vai chegar, ninguém estará aqui, o porteiro vai falar que sai e ele vai embora. Pronto. Mas... e se ele deixar recado com o porteiro? E se o porteiro perguntar o que ele quer comigo?
Nossa, que vergonha!
O jeito é encarar. Abri uma champagne.
Subi as escadas, minhas pernas tremiam. Enchi a banheira. Foi um banho super demorado, bebendo e aproveitando a espuma.
Escolhi minha melhor lingerie. Preta. Já ia abrir a porta assim... Ele sabe bem porque está aqui.
12:50h
Mais uma taça.
Cama pronta.
A campainha tocou.
Demorei 10 minutos para descer 10 degraus.
Abri a porta. Uau! Que homem lindo! E que olhar... Era tudo o que eu precisava: aquele olhar. Me senti desejada. Ele me abraçou, me beijou. Que pegada. Fiquei completamente envolvida, derretida. Ele falou no meu ouvido, me senti maravilhosa.
Aproveitei aquele momento e falei baixinho no ouvido dele:
"Pode pedir o que você quiser!"

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Nada aconteceu!

...e o pior de tudo é como eu ainda procuro desculpas para te inocentar. Para justificar suas falhas, seus atos.
Seria tão mais fácil encará-las de frente, na tentativa desenfreada de não pensar mais em você.
Seria.
Encontro trocadilhos para as verdades que escuto e me agarro em cada esperança que enxergo. Te redimo, te perdôo inconscientemente e me envolvo mais nesse joguinho de incertezas que tanto abomino.
São sinais que você me manda indiretamente. Interpreto como quero. E depois, me culpo por te mandar sinais nas entrelinhas, finjo que você não entendeu. E finjo não entender. Você está brincando com a minha racionalidade. Tanto que às vezes não me reconheço. Me sinto burra, ridícula... e ainda culpada!
...e o pior de tudo é que isso realmente é culpa minha!


Será que alguma coisa nisso tudo faz sentido?

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

E hoje, vai ser o quê?

Abro o armário: sapato vermelho, calça jeans e blusa branca.
Dentro da bolsa: tiro o livro, coloco o caderno de idéias, tiro o da faculdade, celular, carregador, chicletes...tiro o protetor solar, coloco o blush e o gloss.
No iPod: pulo as duas primeiras músicas, escuto a terceira (pearl jam!) e até canto algumas partes, viajo na quarta (jack johnson), passo as outras três...
Saio de casa, vou pela rua de cima, mais movimentada. E decido passar pela Praça da Liberdade, para espairecer um pouco.
Entro no subway: pão integral, 15 cm, rosbife, sem queijo, salada completa, menos azeitona e picles e molho barbecue. Coca zero. Sem cookie dessa vez!
Um cara mexe comigo na rua, ignoro.
Um mendigo me pede moedinhas, não dei, ele estava bêbado e ia beber quaisquer 10 centavos que eu desse.
Mudo de rumo. Quero andar na rua ao invés de ir ao Shopping. Encontro uns conhecidos, apenas cumprimento. Encontro outros, paro e converso. Decido ser mais simpática.
Sorvete de creme com calda de caramelo.
Volto pra casa com duas sacolas na mão. Me dei uns presentes.
Me sinto feliz!

Dia e noite, escolhemos umas coisas e renunciamos outras. Toda escolha implica uma renúncia. Nem sempre tão simples como escolher o sanduíche, cor do sapato ou música do iPod.

Nem sempre tão simples quanto escrever um texto sem apagar nada.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Dos contos de fada...

Cresci ouvindo as histórias mágicas da Cinderela, me imaginando como a Branca de Neve e apaixonada pela Rapunzel. Conheço todos os detalhes de todas as histórinhas dos contos de fadas. Cada sapatinho esquecido, cada vestido, cada espeho quebrado e cada final feliz! Me encantei em todos os momentos. Sonhei. Ouvia que o príncipe chegava em um cavalo branco e salvava a princesa de todas as suas aflições. Me contaram daquele monstro horroroso que se apaixonou pela mocinha e com um beijo se transformou num belo rapaz.
Cresci ouvindo os contos... A Bela é a minha princesa favorita! Amo o vestido que ela usa, a música do filme e como ela consegue quebrantar o coração do valentão. Já sonhei que eu era a Bela. E sempre sonho com o príncipe encantado.
Sonho que ele virá, que me tratará como princesa, que fará várias coisas para me alegrar e que será um homem fantástico. Daqueles que aparecem de surpresa, que escrevem bilhetinhos, que mandam mensagens no meio da noite. Um homem que vai me olhar como se eu fosse a mulher mais linda do mundo e vai falar no meu ouvido o quanto sou especial. Um cara diferente, que sinta falta de mim, que batalhe, não com os dragões e bruxas malvadas, mas com os problemas e dificuldades que aparecem. Alguém que queria estar comigo, em Paris ou num sitiozinho no interior e que me faça rir em qualquer situação. Que cante aquela música especial e me faça sentir feliz!
Cresci ouvindo contos... E acabei acreditando que tudo era possível! Pena que na vida real eu não seja Cinderela, nem Branca de Neve, nem Rapunzel e muito menos Bela...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Da série: TPM - Tempo para matar

Qualquer mulher deveria ser isenta de obrigações, chateações e asneiras durante seu período de mudanças humorais, ou melhor, hormonais! É, porque nenhum homem entende o que é ter dores de cabeça, ficar inchada, se achando a pessoa mais feia e querendo comer todo o chocolate existente no mundo...
Isso não é nada legal! Há ainda as que ficam emotivas, choronas e dorminhocas...
Eu sou do tipo que fica brava! E ai de quem ousar me criticar, ai daquele que imaginar pisar no meu calo e coitadinho dos que me irritam mais que o normal.
Siiiiim, porque esse é um período em que TUDO é mais que o normal!
Sinto que tá todo mundo olhando pra mim na rua, e sinto que as minhas calças não ficam bem como nos outros dias. Acho que tudo que deu errado é culpa minha e sou tomada por uns ataques de pessimismo.
Esse é o período que todo mundo resolve discutir relação com a gente, mesmo que o momento não seja propício. E emitimos sinais para demonstrar nossa fragilidade/agressividade/sensibilidade/ironia e afins...Mas homens são péssimos de sinais, né?! E convenhamos, eles são responsáveis por grande parte dos nossos problemas nessa época, só não são responsáveis pelo problemas que temos com nós mesmas... Falta um pouco de compreensão! É como se eles se rebelassem e chutassem o pau da barraca! Peraí, TPM, né?! Ninguém precisa andar com uma faixa na testa anunciando que está no TEMPO DO PIOR MOMENTO.
Minha mãe sempre me entende nessa época. Desliga o telefone dependendo da intensidade do meu alô. Nossas piores discussões foram durante a TURBULÊNCIA PARA MULHERES! Minha amigas tbm me entendem, mas os homens...
TÊM PACIÊNCIA MINGUANDO! TODOS PARA MARTE! TÔ PRA MORRER!

Enfim, prometo que volto ao normal (?!) daqui uns quatros dias...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Uma conversinha tão besta...

Algumas pessoas deviam passar na nossa vida uma vez só. E nunca mais voltar. É, porque algumas pessoas bagunçam demais em uma pequena e temporária visita; seria zorra demais se resolvessem se alojar ou reaparecer às vezes. Já bastam os estragos que fizeram e as coisas que quebraram. Algumas pessoas não merecem voltar, denifitivamente.
Alguns reencontros deveriam ser proibidos pela constituição, que nos tiram tanto da órbita e nos colocam num plano tão inexistente que é como se a gente não fosse mais terrestre por alguns instantes.

Tive um reencontro assim.
E olha que ele nem foi pessoalmente. Uma conversinha rápida no msn, seguida de uma ligação e uma tarde inteira batendo papo virtualmente. Sim, uma tarde inteira. Foram bons os papos. As conversas foram legais. Mas não precisava de nenhuma delas. Já estava sobrevivendo bem.
Bagunçou tudo que há muito eu tento arrumar.
Deixou algumas coisas de pernas pro ar.
Uma conversinha tão besta.

"Lembra quando a gente tava junto" deveria ser pergunta pra pena de morte! É, porque uma das partes acaba morrendo (ou de tristeza ou de alegria!) quando esse assuntinho vem à tona. E na maioria das vezes quem escuta morre, quando quem emite a questão suspira. Eu escutei.

Uma conversinha tão besta. Incrível como faz a gente pensar. Muda o playlist do nosso iPod, muda o nick do msn, faz a gente ter outros hábitos e até passar por outro caminho. Na esperança de NÃO encontrar, na esperança de NÃO ter que falar pessoalmente. Não, imagina.

Algumas pessoas deviam passar na nossa vida uma vez só. E nunca mais voltar.

Você já fez bagunça demais por aqui!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Suporte

E vejo que muitas das coisas que te implicam em mim e me implicam em você são as nossas características comuns. Nossa cabeça dura genética.
Ocupações, pré-ocupações, preocupações. Noites mal dormidas. Algumas suas, pensando onde eu estava e se estava tudo bem. Outras minhas, querendo estar em outro lugar. Ou simplesmente querendo não estar.
Sobretudo, cumplicidade. Abraço acolhedor. Compreender o meu desespero com um olhar, me entender pelo caminhar e me confortar com um alô.
Você sempre mostrou que estaria sempre lá. Sempre me mostrou que posso confiar e que tenho onde me apoiar. Mas o mais importante: que tenho braços estendidos para me receber de volta.
Discuções inúteis, conversas densas...
Risadas...
Presentes. Além daqueles materiais. Você se fez PRESENTE em cada momento. Em cada doce ilusão, em cada escolha importante. Me alertando que nem sempre o caminho bom é o caminho certo.
Você me ensinou. Deu apoio para meus primeiros passos. Me levou no primeiro dia de aula. Inventava histórias para eu dormir. Me faz sentir muito amor.

[pai]: s. m.: autor; fundador; protetor, benfeitor; chefe espiritual ou religioso; da vida!: exprime admiração, espanto. para (alguém): não haver quem vença, quem supere.

Não há quem supere! Te amo!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Recuperando...

Há algum tempo escrevi um texto. Se encaixava perfeitamente com o momento e com a ocasião... E parece que estou revivendo fatos que eu preferia deixar bem guardadinho no baú. Enfim, a gente sempre aprende. Talvez seja hora de agir diferente, de fazer contrário a tudo que eu fiz na época.
Resolvi recuperar o texto, que expressa bem o agora...

No fundo a gente sempre sabe...

Fato!
Podemos tentar negar e esquecer, colocar mais no fundo do que já está...Mas a gente sempre sabe certas coisas! O problema é ter coragem de assumir.... Ter coragem de admitir, de falar que sabe....de ver aquilo que já é subentendido. Vai ver a gente só não quer ver. Fingir que não está acontecendo ou que já passou se torna, aparentemente, mais fácil do que encarar de frente. A gente sempre sabe, ninguém precisa falar. É como um sexto sentido natural, de autosobrevivência...
Nas entrelinhas falamos mais do que devíamos...
Mas esses não são fatos assumidos...
Cadê aquela resposta no fundo do meu poço?!



E onde está o meu poço?

Pensamentos...
Pensa(mentos)
Pensa(MO)mentos...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Não tranca sentimento

Não se tranca sentimento. Nem na ponta do lápis, nem na ponta dos dedos...

Queria te falar tantas coisas. Até ensaio algumas diante do espelho, mas sempre que me deparo com você, fico sem reação, quase perco a razão e volto às minhas memórias mais infantis para agir. Fato que tenho mais dom com a palavra escrita do que com a palavra falada. O que me prejudica com você, porque transformo em monólogo tudo o que deveria ser dito olho no olho.
Escrevo para não ter que encarar seus gestos e expressões, apenas as imagino. Escrevo também como saída: assim você não me vê ficar vermelha. Escrevo e na maioria das vezes nem entrego, nem te mostro, mas descarrego a minha vontade de contar tudo o que está aqui dentro, faço minhas confessões, desabafos. Entro em crise com o papel e me conforta lembrar que existe a borracha. Escrevo para registrar. Escrevo para tentar falar, para me fazer ouvir (quase sempre gritar), na tentativa de me entender.
Mas, sobretudo, escrevo porque gosto.
De escrever e de você!


Essa é só a nova mídia que desenvolvi para tentar me fazer ouvir com os olhos e ver com as mãos.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Bom escrevedor

Para bom escrevedor meia palavra não basta.
É necessário um milhão.
Porque bom escrevedor, escreve. Escreve carta de amor, conto erótico, novela das 20h e até receita culinária.
Escreve pelo prazer que encontra enquanto as letras se juntam e formam orgias gramaticais. Gozo de palavras.
Para bom escrevedor uma boa história não basta; é preciso tempero, é sentir sentimento e expressar... escrevendo!
Bom escrevedor escreve continuamente, às vezes só em pensamento, às vezes para não pensar!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Homens Omens, com O maiúsculo!

Se existe mesmo este treco de evolução, os ancestrais dos omens, com certeza, são as antas!
E é incrível como, mesmo após séculos de "aprimoramento" da espécie, esses seres carreguem tantas características dos seus parentes.
Louvemos o fato de conseguirem andar, sentar, comer, abrir geladeira, tomar banho sozinhos e executar algumas outras funções básicas. Claro que o exemplar em questão ainda se alimenta de forma precária (segundo relatos, até no sentido destorcido da palavra "comer", o sujeito manda mal), não se lava tão bem sozinho, abre a geladeira para observar paisagem e, em seguida, pede auxílio de um ser superior.
Mas ACHAM que acham tantas outras coisas, que só confirmam minha tese.
Acham que sabem agradar o sexo oposto, acham que dirigem melhor que as mulheres, acham que sabem organizar gavetas, acham que sabem entender os fatos, acham que fazem tudo bem feito...acham tanto e, no final, não acham nada!
Resquício das antas! Aqueles animaizinhos...
Omens, unidades pré-histórica num mundo mais-do-pré-moderno!
E isso só me faz pensar que a única forma comunicacional que eles entendem (e mesmo assim bem mais ou menos) é a do desenho na pedra (atual folha, parede, tela, que seja...).
O O maiúsculo faz dessa criatura um ser Otário, Ordinário,..., e reforçam a herança dos genes dos seus ancestrais.

Entendeu, ou quer que eu desenhe?!

Ps.: Óbvio que alguns exemplares fogem às regras. Evoluíram um pouco mais. Minoria. OU, tem um Q de feminilidade, mas esses (a versão mais elaborada), acabam se apaixonando por unidades da mesma espécie. E nós, seres evoluídos, somos obrigadas a conformar e domar a antinha que nos resta.

Óh, Omens!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Fala Alice!

**texto enviado por email pela amiga e colaboradora: Alice Ayres! Uma menina assim...de 167 idéias e qualidades!
A liberdade nos relacionamentos humanos

“Ao invés de tentar apoderar-se de alguém e tentar fazer com que essa pessoa necessite de nós, mostramos que ela é completa e livre sozinha, sendo totalmente capaz de compartilhar essa liberdade com os outros e não abrir mão dela.”



Quantas pessoas você conhece que são totalmente satisfeitas e felizes com os seus relacionamentos interpessoais? Provavelmente nenhuma. Afinal, sempre há aquela mania que incomoda e aquela briga que se repete, mas acima de tudo, há uma insegurança que nos obriga a exigir do outro uma afirmação constante de que sem nós, ele não é feliz ou completo. Precisamos a cada segundo saber que alguém precisa da gente, só assim nos sentimos ligados e preenchidos, essa necessidade do outro diante de nós é a segurança de que aquela pessoa não vai a lugar nenhum sem você ao lado. Mas o ser humano é inerentemente livre, e sendo assim ele pode ir e vir quando quiser, com ou sem você.

Nascemos com o livre arbítrio e morreremos com ele. É uma dádiva que a Bíblia diz ser dada aos homens, por Deus. A liberdade faz parte da essência e da existência humana. Então, qualquer sensação de aprisionamento ou dependência entre os homens é artificial, pois contraria a existência humana. Freud em O mal-estar na civilização, dizia que a necessidade do amor entre as pessoas, seja ele sexual ou não, serve para conectá-las mantendo a ordem e o desenvolvimento social, ou seja, o relacionamento é uma construção cultural para manter a sociedade evoluindo, nada mais. Eu sei que é difícil aceitar a artificialidade dos relacionamentos, principalmente quando passamos toda a vida os construindo e nos definindo a partir deles, mas quantas as vezes que nos desligamos de outra pessoa em busca da liberdade? Seja quando saímos da casa de nossos pais ou quando terminamos um namoro, pois queremos algo “menos sério”, em todos os casos, buscamos uma liberdade perdida. Abafamos o desejo de liberdade e mantemos um relacionamento, apenas enquanto ele nos traz a felicidade e a sensação de preenchimento interior sem nos sufocar, caso contrário, nós somos capazes de desatar os laços que construímos sem hesitar. Todos nós já passamos por isso. Então, é claro a natureza artificial dos relacionamentos e o desejo de liberdade do homem, mas que não enxerguemos isso como um balde de água fria, e sim como um grande passo para a construção de relacionamentos verdadeiros e distantes da dependência destrutiva e da insegurança de um rompimento traumático. Afinal, se iniciarmos um relacionamento aceitando que um dia aquela pessoa pode ir embora, pois é um direito dela, construímos uma relação de compartilhamento e não de dependência. Ao invés de tentar apoderar-se de alguém e tentar fazer com que essa pessoa necessite de nós, mostramos que ela é completa e livre sozinha, sendo totalmente capaz de compartilhar essa liberdade com os outros e não abrir mão dela. Mas como sentir-se completo antes de nos relacionar com o outro?

Devemos achar nossa felicidade em nós e no mundo e não somente no outro, assim seremos livres e compartilharemos essa liberdade. Vejam o filme Na natureza Selvagem [2008] de Sean Penn e perceba que existe algo muito maior ao nosso redor, presente em todas as coisas, que nos remetem á sensações de plenitude e felicidade. Independentes de qualquer relacionamento interpessoal. No filme o personagem principal (baseado na vida de Chris McCandless) diz que “se engana aquele que acha a alegria de viver nas relações humanas. Deus colocou-a a nosso redor. Está em tudo que possamos experimentar. As pessoas apenas precisam mudar a maneira como olham para essas coisas”.

É exatamente isso que precisamos aprender antes de nos relacionar verdadeiramente: A felicidade não está no outro, mas em todo o nosso redor - na natureza, nos livros, no ar, nas fotos, no asfalto, em tudo - ela está no relacionamento de nós conosco, quando olhamos no espelho e quando paramos para analisar nossa existência. Se conseguirmos aceitar que o relacionamento é apenas uma parte dessa felicidade maior, então estaremos verdadeiramente preparados para nos relacionar com os outros, prontos para compartilhar a felicidade e não roubá-la, Devemos aceitar que a liberdade é muito maior que qualquer laço e só assim seremos capazes de não sofrer quando uma pessoa partir. Pois assim como ela, a felicidade é plenamente livre.



Cena do filme Na natureza Selvagem:
http://www.youtube.com/watch?v=XBVeFs5e_zM

tradução do trecho do youtube:
- Eu vou sentir sua falta quando você for embora.- Eu também vou sentir a sua, Ron. Mas vocês está enganado se você pensa que a alegria da vida vem principalmente dar relações humanas. Deus colocou-a em tudo ao nosso redor. Está em todos os lugares. Está em tudo que - Tá bom, eu vou anotar isso.É serio! Eu vou anotar!
Mas eu quero te dizer algo. De toda as peças que eu juntei, você sabe, de quando você me contou sobre sua família, sua mãe e seu pai. E eu sei que você tem problemas com a igreja mas existe alguma coisa muito maior que podemos apreciar, e parece que você não se importa em chama-la de Deus. Mas quando você perdoa, você ama. E quando você ama, a luz de Deus brilha sobre você.
- Puta-que-pariu!
- Eu já te disse sobre essa sua linguagem!
(risos)”Felicidade só é real quando COMPARTILHADA”.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Consulta

- Oi, tudo bem?
- Tudo...
- Tudo mesmo? O que te traz ao consultório?!
- Então...não tô conseguindo dormir direito, tô completamente lesada, vivo perdendo as coisas e esquecendo meus compromissos, erro o caminho sempre e me pego falando sozinha. Minha mão sua, minha cabeça dói e eu sinto uma vontade imensa de comer chocolate. Não consigo prestar atenção em nada e parece que tem milhões de borboletas no meu estômago...
- Entendi...
- É grave, doutor?!
- Não, vai ser feliz...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

É feio!

Incrível, mas é sempre assim! Tenho várias amigas que namoram, e o que elas mais querem é que eu namore também. Porque as pessoas comprometidas querem que todos tenham um parzinho. Tudo bem, namorar realmente é ótimo, mas há tempo de ficar solteira e tempo de namorar. Enfim, para me colocar na mesma situação que elas estão, essas amigas vivem querendo me apresentar mil homens. É um cara novo que trabalha com uma, é o primo da outra e o amigo da amiga do amigo do namorado daquela outra lá. Elas não podem ver um homem solteiro que pensam logo em me apresentar. E chegam cheias de charme, contando histórias e descrevendo as 537 qualidades que eles têm. Até porque, para elas, eles nunca tem defeito! Depois da ficha completa, antepassados e link do orkut, faço sempre a mesma pergunta: “ah, e ele é bonito?”. E elas respondem, quase em coro: “é gente boa!”. Pode saber: é feio! O gente boa sempre é feio. Não que os bonitos não sejam legais, mas o cara que é definido como “gente boa” é feio! E seria desgraça demais pra uma única pessoa, né?! Chato e feio!
Já marcamos reuniões em casa, baladas, cafés e um dia alegre no parque. Para cada apresentação elas inventam um programa diferente. Agora já aprendi, se pergunto: ele é bonito, e escuto um: gente boa, vou pro encontro com uma desculpa preparada, e só aceito se for um lugar que eu posso sair a qualquer instante. Se o cara fosse bonito, elas responderiam: nossa, é bonito! Ou até: é bonitinho. Mas responder: gente boa...
A pergunta não foi se ele é chato ou legal. A pergunta foi sobre a estética da pessoa. Não estou interessada em saber, ainda, o quanto ele é engraçado, sociável e descolado. Lógico que isso interessa, mas não no primeiro momento. Elas deviam responder sinceramente o que eu pergunto. As coisas ficariam muito mais fáceis, elas passariam menos vergonha e eu ficaria menos embaraçada. É, porque dispensar um cara quando estão, você, ele, sua amiga e o namorado... é uma situação bem complicada! O cara já vai pro encontro achando que “será A noite”. Só lamento!
Cuidado então nos seus próximos encontros. Se perguntar: “é bonito (a)?” e ouvir um “é SUPER gente boa”, prepare-se. Quanto maior a empolgação do “gente boa”, menos dentes, mais bafo e chulé e mais barriga a pessoa tem!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ventania

VENTANIA

O vento voa
Entre tardes, manhãs e momentos
Voa suave
Voa intenso
Catando o vento
Cantando o som
Girando o sol
Sendo único em todo o seu lamento
Brilhando como um farol

Cata-vento ventando
Girassol aquecendo
Flores, nuvens e estrelas
Tenras no céu
Delicadas na terra
Envolto nos meus pensamentos
Fazendo da ventania
A mais doce companhia

Vai vento V E N T A N D O
Cata-quise
Minimize
O sol aquecendo
Toca doce ventania
A face adormecida
A face querida
E faz-se único no seu esplendor.
Continua ventando vento
Vai passando e voando
Cria um grande prazer
Presente nesse seu ser
Que insiste em ventar
No sol que está girando
Girando
Girando
Girando
...Sem parar!

Voa vento infinito
Faz-se ainda mais bonito
Na arte de ventar
Refresca a face afligida
Até mesmo esquecida
Que só o vento pode tocar
Voa vento V-E-N-T-A-N-D-O
Cata-vento insano
Venta no sol BRILHANDO
Que não vai parar de girar!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Entre uns e outros...

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você...

Resolvi escrever. Entre tantas idéias, entre tantos casos, tantas inspirações e outras tantas pirações, algumas coisas ficam. Acho que uns devem ser compartilhados. Outros, descartados. Os casos compartilhados e as idéias repassadas nos engrandessem; nem só como pessoas intelectuais e brilhantes no poder de persuadir, mas como simples seres humanos. Ser humano de consciência. Quando nossas idéias únicas são transmitidas adotamos um lado diferente, de ideal, de uma idéia individual. Nem sempre única, nem sempre criativa, nem sempre originalíssima. Mas nossa. E compartilhando idéias, compartilhamos um pouco de nós mesmos. Acho que tinha tanto medo de fazer um blog por causa disso; por deixar exposto entre uns e outros as minhas desavenssas comuns, minhas pirações diárias e as inspirações noturnas. Entre uns e outros, aqui estou... Porque algumas coisas sempre ficam e merecem permanecer!