quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Dos vícios insanos...

Seria tão bom se eu não encontrasse tanto prazer a cada vez que você percorre meu corpo. Você me coloca em estado de transe, vou para um mundo paralelo e vejo coisas incomuns. A cada encontro, uma experiência mais profunda. Um clima de intimidade e cumplicidade tão obsceno e vulgar, tão exploratório e nu. Não escondo nada de você. Me mostro por inteira, me revelo, deixo você me tomar. Sou dominada pelas sensações que você me traz, me carrega daqui, ma faz revirar os olhos de êxtase. Nossos atos não são públicos, precisamos ficar sozinhos, só eu e você. Momentos de glória. Minutos de luxuria. Horas. Penetra meu corpo, minhas entranhas. Me sinto ilegal, ilícita. Preciso de mais, e mais, e mais...
Quero ir além, mais...
Mais fundo...
Além do que olhos podem ver. Quero sair daqui.
Não consigo mais pensar, só querer. Só ter, só ir além...
Mais. Menos pensamento. Me sinto forte, potente. Só quero você. E mais, e mais, e além...
É impossível me manter calada, gritos sucumbem o meu momento, gritos de explosão, euforia, atinjo um outro nível. Menos pensamento. Não controlo meus movimentos. Meus braços e pernas ganham vida própria. Além de mim. Além de você. Além de todo o mundo supernatural. Substratos, invasões, tensões e tesões.
Quero ir além, mais...
Menos pensamento!
Tudo se transforma quando seu feito passa. Fico lixo, lixúria, imundice humana. Contradições de momentos. Sequelas. Menos razão. Menos coragem para encarar o mundo real. Quero ficar quietinha, sozinha. Fora de alcance. Me sinto frágil, dominada, envergonhada, detonada.
Menos razão!
Quero ficar aqui, menos...

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Dos contos improváveis...

Era sábado, e estava muito frio. Foi super difícil criar coragem para sair da cama, ela estava muito aconchegante com todos aqueles travesseiros. Minhas melhores companhias desde que terminei com meu ex-namorado.
Desci as escadas e preparei um café bem forte. A balada de sexta foi ótima, mas exagerei no álcool. Não havia ninguém de interessante naquele lugar para matar minha carência, melhor beber.
Carência, sentimentozinho desagradável que faz parte da minha vida há três meses.
Aproveitei o momento do café para ler o meu jornal. A faxineira já havia deixado-o em cima do balcão da cozinha, estratégicamente.
Comecei a vasculhar os cadernos. Com a ressaca que estava, o que menos queria era ler sobre política, casos policiais, economia e esportes. Abobrinhas.
Fui direto para coluna social. Adoro. Pessoas legais, bonitas , festas super badaladas... e aquele monte de casal. Ver fotos de pessoas felizes e apaixonadas, que acreditam que o amor é pra sempre é péssimo quando se está sozinha, sentindo falta de um abraço.
Só queria alguém que me desejasse. Nem que por um único dia.
O caderno social foi deixado de lado. E bem embaixo estavam os classificados. Bem ali, olhando pra mim. E eles pareciam bem menos chato que as notícias sobre a lei seca e o governo.
Carros, motos, geladeiras, fogões, companhia, máquina de lavar roupa. Opa... volta: companhia?!
Dei uma passada de olho rápida para conferir se era verdade. E era! Comecei a me divertir com aquilo. Loiros, baixos, altos, morenos, japoneses, negros. Era homem para tudo que é gosto. Uns mais safados, outros bem tapados (esses eu pulei logo, não me converceram que eram bons de cama), uns bem quentes... Será?! Mas e se alguém descobrisse?
Gritei a Ângela, ninguém respondeu...
Um obstáculo a menos; a faxineira já tinha saído.
Pensei.
O que as minhas amigas achariam disso?
Ai, medo e curiosidade total!
Bom, eu não preciso contar... Selecionei o anúncio. O que me pareceu mais sensual.
"Moreno, olhos verdes, 1,82m. Pronto para te fazer ver estrelas. Corpo malhado e sensual. Pode pedir o que você quiser!".
Reli umas 5 vezes. "Pode pedir o que você quiser" não saia da minha cabeça. Peguei o telefone. 9984...
Desliguei. Nossa, era muita insanidade mental. Não preciso disso.
"Pode pedir o que você quiser".
Será?
998419... Ai! 99841911... Chamou...
Minha barriga estava borbulhando e minha mão suava. Chamou mais uma vez.
- Alô
Uau! Que voz envolvente! Tive vontade de tirar a roupa só com aquele alô. Mas não respondi.
- Alô!
- É... oi...
- Oi (incrível como ele era seguro)
- Como você chama?
- Carlos
- É... vi seu anúncio... Tem a tarde livre?
- Na sua casa ou na minha?
- Na sua... Não! Na minha!
- Tenho
- 13h?
- Pode ser
- Rua Tomás Gonzaga, 75/702
- Ok! Até mais. Beijo.
Aiiii, que nervoso! Já sei: vou sair de casa! Ele vai chegar, ninguém estará aqui, o porteiro vai falar que sai e ele vai embora. Pronto. Mas... e se ele deixar recado com o porteiro? E se o porteiro perguntar o que ele quer comigo?
Nossa, que vergonha!
O jeito é encarar. Abri uma champagne.
Subi as escadas, minhas pernas tremiam. Enchi a banheira. Foi um banho super demorado, bebendo e aproveitando a espuma.
Escolhi minha melhor lingerie. Preta. Já ia abrir a porta assim... Ele sabe bem porque está aqui.
12:50h
Mais uma taça.
Cama pronta.
A campainha tocou.
Demorei 10 minutos para descer 10 degraus.
Abri a porta. Uau! Que homem lindo! E que olhar... Era tudo o que eu precisava: aquele olhar. Me senti desejada. Ele me abraçou, me beijou. Que pegada. Fiquei completamente envolvida, derretida. Ele falou no meu ouvido, me senti maravilhosa.
Aproveitei aquele momento e falei baixinho no ouvido dele:
"Pode pedir o que você quiser!"

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Nada aconteceu!

...e o pior de tudo é como eu ainda procuro desculpas para te inocentar. Para justificar suas falhas, seus atos.
Seria tão mais fácil encará-las de frente, na tentativa desenfreada de não pensar mais em você.
Seria.
Encontro trocadilhos para as verdades que escuto e me agarro em cada esperança que enxergo. Te redimo, te perdôo inconscientemente e me envolvo mais nesse joguinho de incertezas que tanto abomino.
São sinais que você me manda indiretamente. Interpreto como quero. E depois, me culpo por te mandar sinais nas entrelinhas, finjo que você não entendeu. E finjo não entender. Você está brincando com a minha racionalidade. Tanto que às vezes não me reconheço. Me sinto burra, ridícula... e ainda culpada!
...e o pior de tudo é que isso realmente é culpa minha!


Será que alguma coisa nisso tudo faz sentido?

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

E hoje, vai ser o quê?

Abro o armário: sapato vermelho, calça jeans e blusa branca.
Dentro da bolsa: tiro o livro, coloco o caderno de idéias, tiro o da faculdade, celular, carregador, chicletes...tiro o protetor solar, coloco o blush e o gloss.
No iPod: pulo as duas primeiras músicas, escuto a terceira (pearl jam!) e até canto algumas partes, viajo na quarta (jack johnson), passo as outras três...
Saio de casa, vou pela rua de cima, mais movimentada. E decido passar pela Praça da Liberdade, para espairecer um pouco.
Entro no subway: pão integral, 15 cm, rosbife, sem queijo, salada completa, menos azeitona e picles e molho barbecue. Coca zero. Sem cookie dessa vez!
Um cara mexe comigo na rua, ignoro.
Um mendigo me pede moedinhas, não dei, ele estava bêbado e ia beber quaisquer 10 centavos que eu desse.
Mudo de rumo. Quero andar na rua ao invés de ir ao Shopping. Encontro uns conhecidos, apenas cumprimento. Encontro outros, paro e converso. Decido ser mais simpática.
Sorvete de creme com calda de caramelo.
Volto pra casa com duas sacolas na mão. Me dei uns presentes.
Me sinto feliz!

Dia e noite, escolhemos umas coisas e renunciamos outras. Toda escolha implica uma renúncia. Nem sempre tão simples como escolher o sanduíche, cor do sapato ou música do iPod.

Nem sempre tão simples quanto escrever um texto sem apagar nada.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Dos contos de fada...

Cresci ouvindo as histórias mágicas da Cinderela, me imaginando como a Branca de Neve e apaixonada pela Rapunzel. Conheço todos os detalhes de todas as histórinhas dos contos de fadas. Cada sapatinho esquecido, cada vestido, cada espeho quebrado e cada final feliz! Me encantei em todos os momentos. Sonhei. Ouvia que o príncipe chegava em um cavalo branco e salvava a princesa de todas as suas aflições. Me contaram daquele monstro horroroso que se apaixonou pela mocinha e com um beijo se transformou num belo rapaz.
Cresci ouvindo os contos... A Bela é a minha princesa favorita! Amo o vestido que ela usa, a música do filme e como ela consegue quebrantar o coração do valentão. Já sonhei que eu era a Bela. E sempre sonho com o príncipe encantado.
Sonho que ele virá, que me tratará como princesa, que fará várias coisas para me alegrar e que será um homem fantástico. Daqueles que aparecem de surpresa, que escrevem bilhetinhos, que mandam mensagens no meio da noite. Um homem que vai me olhar como se eu fosse a mulher mais linda do mundo e vai falar no meu ouvido o quanto sou especial. Um cara diferente, que sinta falta de mim, que batalhe, não com os dragões e bruxas malvadas, mas com os problemas e dificuldades que aparecem. Alguém que queria estar comigo, em Paris ou num sitiozinho no interior e que me faça rir em qualquer situação. Que cante aquela música especial e me faça sentir feliz!
Cresci ouvindo contos... E acabei acreditando que tudo era possível! Pena que na vida real eu não seja Cinderela, nem Branca de Neve, nem Rapunzel e muito menos Bela...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Da série: TPM - Tempo para matar

Qualquer mulher deveria ser isenta de obrigações, chateações e asneiras durante seu período de mudanças humorais, ou melhor, hormonais! É, porque nenhum homem entende o que é ter dores de cabeça, ficar inchada, se achando a pessoa mais feia e querendo comer todo o chocolate existente no mundo...
Isso não é nada legal! Há ainda as que ficam emotivas, choronas e dorminhocas...
Eu sou do tipo que fica brava! E ai de quem ousar me criticar, ai daquele que imaginar pisar no meu calo e coitadinho dos que me irritam mais que o normal.
Siiiiim, porque esse é um período em que TUDO é mais que o normal!
Sinto que tá todo mundo olhando pra mim na rua, e sinto que as minhas calças não ficam bem como nos outros dias. Acho que tudo que deu errado é culpa minha e sou tomada por uns ataques de pessimismo.
Esse é o período que todo mundo resolve discutir relação com a gente, mesmo que o momento não seja propício. E emitimos sinais para demonstrar nossa fragilidade/agressividade/sensibilidade/ironia e afins...Mas homens são péssimos de sinais, né?! E convenhamos, eles são responsáveis por grande parte dos nossos problemas nessa época, só não são responsáveis pelo problemas que temos com nós mesmas... Falta um pouco de compreensão! É como se eles se rebelassem e chutassem o pau da barraca! Peraí, TPM, né?! Ninguém precisa andar com uma faixa na testa anunciando que está no TEMPO DO PIOR MOMENTO.
Minha mãe sempre me entende nessa época. Desliga o telefone dependendo da intensidade do meu alô. Nossas piores discussões foram durante a TURBULÊNCIA PARA MULHERES! Minha amigas tbm me entendem, mas os homens...
TÊM PACIÊNCIA MINGUANDO! TODOS PARA MARTE! TÔ PRA MORRER!

Enfim, prometo que volto ao normal (?!) daqui uns quatros dias...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Uma conversinha tão besta...

Algumas pessoas deviam passar na nossa vida uma vez só. E nunca mais voltar. É, porque algumas pessoas bagunçam demais em uma pequena e temporária visita; seria zorra demais se resolvessem se alojar ou reaparecer às vezes. Já bastam os estragos que fizeram e as coisas que quebraram. Algumas pessoas não merecem voltar, denifitivamente.
Alguns reencontros deveriam ser proibidos pela constituição, que nos tiram tanto da órbita e nos colocam num plano tão inexistente que é como se a gente não fosse mais terrestre por alguns instantes.

Tive um reencontro assim.
E olha que ele nem foi pessoalmente. Uma conversinha rápida no msn, seguida de uma ligação e uma tarde inteira batendo papo virtualmente. Sim, uma tarde inteira. Foram bons os papos. As conversas foram legais. Mas não precisava de nenhuma delas. Já estava sobrevivendo bem.
Bagunçou tudo que há muito eu tento arrumar.
Deixou algumas coisas de pernas pro ar.
Uma conversinha tão besta.

"Lembra quando a gente tava junto" deveria ser pergunta pra pena de morte! É, porque uma das partes acaba morrendo (ou de tristeza ou de alegria!) quando esse assuntinho vem à tona. E na maioria das vezes quem escuta morre, quando quem emite a questão suspira. Eu escutei.

Uma conversinha tão besta. Incrível como faz a gente pensar. Muda o playlist do nosso iPod, muda o nick do msn, faz a gente ter outros hábitos e até passar por outro caminho. Na esperança de NÃO encontrar, na esperança de NÃO ter que falar pessoalmente. Não, imagina.

Algumas pessoas deviam passar na nossa vida uma vez só. E nunca mais voltar.

Você já fez bagunça demais por aqui!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Suporte

E vejo que muitas das coisas que te implicam em mim e me implicam em você são as nossas características comuns. Nossa cabeça dura genética.
Ocupações, pré-ocupações, preocupações. Noites mal dormidas. Algumas suas, pensando onde eu estava e se estava tudo bem. Outras minhas, querendo estar em outro lugar. Ou simplesmente querendo não estar.
Sobretudo, cumplicidade. Abraço acolhedor. Compreender o meu desespero com um olhar, me entender pelo caminhar e me confortar com um alô.
Você sempre mostrou que estaria sempre lá. Sempre me mostrou que posso confiar e que tenho onde me apoiar. Mas o mais importante: que tenho braços estendidos para me receber de volta.
Discuções inúteis, conversas densas...
Risadas...
Presentes. Além daqueles materiais. Você se fez PRESENTE em cada momento. Em cada doce ilusão, em cada escolha importante. Me alertando que nem sempre o caminho bom é o caminho certo.
Você me ensinou. Deu apoio para meus primeiros passos. Me levou no primeiro dia de aula. Inventava histórias para eu dormir. Me faz sentir muito amor.

[pai]: s. m.: autor; fundador; protetor, benfeitor; chefe espiritual ou religioso; da vida!: exprime admiração, espanto. para (alguém): não haver quem vença, quem supere.

Não há quem supere! Te amo!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Recuperando...

Há algum tempo escrevi um texto. Se encaixava perfeitamente com o momento e com a ocasião... E parece que estou revivendo fatos que eu preferia deixar bem guardadinho no baú. Enfim, a gente sempre aprende. Talvez seja hora de agir diferente, de fazer contrário a tudo que eu fiz na época.
Resolvi recuperar o texto, que expressa bem o agora...

No fundo a gente sempre sabe...

Fato!
Podemos tentar negar e esquecer, colocar mais no fundo do que já está...Mas a gente sempre sabe certas coisas! O problema é ter coragem de assumir.... Ter coragem de admitir, de falar que sabe....de ver aquilo que já é subentendido. Vai ver a gente só não quer ver. Fingir que não está acontecendo ou que já passou se torna, aparentemente, mais fácil do que encarar de frente. A gente sempre sabe, ninguém precisa falar. É como um sexto sentido natural, de autosobrevivência...
Nas entrelinhas falamos mais do que devíamos...
Mas esses não são fatos assumidos...
Cadê aquela resposta no fundo do meu poço?!



E onde está o meu poço?

Pensamentos...
Pensa(mentos)
Pensa(MO)mentos...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Não tranca sentimento

Não se tranca sentimento. Nem na ponta do lápis, nem na ponta dos dedos...

Queria te falar tantas coisas. Até ensaio algumas diante do espelho, mas sempre que me deparo com você, fico sem reação, quase perco a razão e volto às minhas memórias mais infantis para agir. Fato que tenho mais dom com a palavra escrita do que com a palavra falada. O que me prejudica com você, porque transformo em monólogo tudo o que deveria ser dito olho no olho.
Escrevo para não ter que encarar seus gestos e expressões, apenas as imagino. Escrevo também como saída: assim você não me vê ficar vermelha. Escrevo e na maioria das vezes nem entrego, nem te mostro, mas descarrego a minha vontade de contar tudo o que está aqui dentro, faço minhas confessões, desabafos. Entro em crise com o papel e me conforta lembrar que existe a borracha. Escrevo para registrar. Escrevo para tentar falar, para me fazer ouvir (quase sempre gritar), na tentativa de me entender.
Mas, sobretudo, escrevo porque gosto.
De escrever e de você!


Essa é só a nova mídia que desenvolvi para tentar me fazer ouvir com os olhos e ver com as mãos.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Bom escrevedor

Para bom escrevedor meia palavra não basta.
É necessário um milhão.
Porque bom escrevedor, escreve. Escreve carta de amor, conto erótico, novela das 20h e até receita culinária.
Escreve pelo prazer que encontra enquanto as letras se juntam e formam orgias gramaticais. Gozo de palavras.
Para bom escrevedor uma boa história não basta; é preciso tempero, é sentir sentimento e expressar... escrevendo!
Bom escrevedor escreve continuamente, às vezes só em pensamento, às vezes para não pensar!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Homens Omens, com O maiúsculo!

Se existe mesmo este treco de evolução, os ancestrais dos omens, com certeza, são as antas!
E é incrível como, mesmo após séculos de "aprimoramento" da espécie, esses seres carreguem tantas características dos seus parentes.
Louvemos o fato de conseguirem andar, sentar, comer, abrir geladeira, tomar banho sozinhos e executar algumas outras funções básicas. Claro que o exemplar em questão ainda se alimenta de forma precária (segundo relatos, até no sentido destorcido da palavra "comer", o sujeito manda mal), não se lava tão bem sozinho, abre a geladeira para observar paisagem e, em seguida, pede auxílio de um ser superior.
Mas ACHAM que acham tantas outras coisas, que só confirmam minha tese.
Acham que sabem agradar o sexo oposto, acham que dirigem melhor que as mulheres, acham que sabem organizar gavetas, acham que sabem entender os fatos, acham que fazem tudo bem feito...acham tanto e, no final, não acham nada!
Resquício das antas! Aqueles animaizinhos...
Omens, unidades pré-histórica num mundo mais-do-pré-moderno!
E isso só me faz pensar que a única forma comunicacional que eles entendem (e mesmo assim bem mais ou menos) é a do desenho na pedra (atual folha, parede, tela, que seja...).
O O maiúsculo faz dessa criatura um ser Otário, Ordinário,..., e reforçam a herança dos genes dos seus ancestrais.

Entendeu, ou quer que eu desenhe?!

Ps.: Óbvio que alguns exemplares fogem às regras. Evoluíram um pouco mais. Minoria. OU, tem um Q de feminilidade, mas esses (a versão mais elaborada), acabam se apaixonando por unidades da mesma espécie. E nós, seres evoluídos, somos obrigadas a conformar e domar a antinha que nos resta.

Óh, Omens!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Fala Alice!

**texto enviado por email pela amiga e colaboradora: Alice Ayres! Uma menina assim...de 167 idéias e qualidades!
A liberdade nos relacionamentos humanos

“Ao invés de tentar apoderar-se de alguém e tentar fazer com que essa pessoa necessite de nós, mostramos que ela é completa e livre sozinha, sendo totalmente capaz de compartilhar essa liberdade com os outros e não abrir mão dela.”



Quantas pessoas você conhece que são totalmente satisfeitas e felizes com os seus relacionamentos interpessoais? Provavelmente nenhuma. Afinal, sempre há aquela mania que incomoda e aquela briga que se repete, mas acima de tudo, há uma insegurança que nos obriga a exigir do outro uma afirmação constante de que sem nós, ele não é feliz ou completo. Precisamos a cada segundo saber que alguém precisa da gente, só assim nos sentimos ligados e preenchidos, essa necessidade do outro diante de nós é a segurança de que aquela pessoa não vai a lugar nenhum sem você ao lado. Mas o ser humano é inerentemente livre, e sendo assim ele pode ir e vir quando quiser, com ou sem você.

Nascemos com o livre arbítrio e morreremos com ele. É uma dádiva que a Bíblia diz ser dada aos homens, por Deus. A liberdade faz parte da essência e da existência humana. Então, qualquer sensação de aprisionamento ou dependência entre os homens é artificial, pois contraria a existência humana. Freud em O mal-estar na civilização, dizia que a necessidade do amor entre as pessoas, seja ele sexual ou não, serve para conectá-las mantendo a ordem e o desenvolvimento social, ou seja, o relacionamento é uma construção cultural para manter a sociedade evoluindo, nada mais. Eu sei que é difícil aceitar a artificialidade dos relacionamentos, principalmente quando passamos toda a vida os construindo e nos definindo a partir deles, mas quantas as vezes que nos desligamos de outra pessoa em busca da liberdade? Seja quando saímos da casa de nossos pais ou quando terminamos um namoro, pois queremos algo “menos sério”, em todos os casos, buscamos uma liberdade perdida. Abafamos o desejo de liberdade e mantemos um relacionamento, apenas enquanto ele nos traz a felicidade e a sensação de preenchimento interior sem nos sufocar, caso contrário, nós somos capazes de desatar os laços que construímos sem hesitar. Todos nós já passamos por isso. Então, é claro a natureza artificial dos relacionamentos e o desejo de liberdade do homem, mas que não enxerguemos isso como um balde de água fria, e sim como um grande passo para a construção de relacionamentos verdadeiros e distantes da dependência destrutiva e da insegurança de um rompimento traumático. Afinal, se iniciarmos um relacionamento aceitando que um dia aquela pessoa pode ir embora, pois é um direito dela, construímos uma relação de compartilhamento e não de dependência. Ao invés de tentar apoderar-se de alguém e tentar fazer com que essa pessoa necessite de nós, mostramos que ela é completa e livre sozinha, sendo totalmente capaz de compartilhar essa liberdade com os outros e não abrir mão dela. Mas como sentir-se completo antes de nos relacionar com o outro?

Devemos achar nossa felicidade em nós e no mundo e não somente no outro, assim seremos livres e compartilharemos essa liberdade. Vejam o filme Na natureza Selvagem [2008] de Sean Penn e perceba que existe algo muito maior ao nosso redor, presente em todas as coisas, que nos remetem á sensações de plenitude e felicidade. Independentes de qualquer relacionamento interpessoal. No filme o personagem principal (baseado na vida de Chris McCandless) diz que “se engana aquele que acha a alegria de viver nas relações humanas. Deus colocou-a a nosso redor. Está em tudo que possamos experimentar. As pessoas apenas precisam mudar a maneira como olham para essas coisas”.

É exatamente isso que precisamos aprender antes de nos relacionar verdadeiramente: A felicidade não está no outro, mas em todo o nosso redor - na natureza, nos livros, no ar, nas fotos, no asfalto, em tudo - ela está no relacionamento de nós conosco, quando olhamos no espelho e quando paramos para analisar nossa existência. Se conseguirmos aceitar que o relacionamento é apenas uma parte dessa felicidade maior, então estaremos verdadeiramente preparados para nos relacionar com os outros, prontos para compartilhar a felicidade e não roubá-la, Devemos aceitar que a liberdade é muito maior que qualquer laço e só assim seremos capazes de não sofrer quando uma pessoa partir. Pois assim como ela, a felicidade é plenamente livre.



Cena do filme Na natureza Selvagem:
http://www.youtube.com/watch?v=XBVeFs5e_zM

tradução do trecho do youtube:
- Eu vou sentir sua falta quando você for embora.- Eu também vou sentir a sua, Ron. Mas vocês está enganado se você pensa que a alegria da vida vem principalmente dar relações humanas. Deus colocou-a em tudo ao nosso redor. Está em todos os lugares. Está em tudo que - Tá bom, eu vou anotar isso.É serio! Eu vou anotar!
Mas eu quero te dizer algo. De toda as peças que eu juntei, você sabe, de quando você me contou sobre sua família, sua mãe e seu pai. E eu sei que você tem problemas com a igreja mas existe alguma coisa muito maior que podemos apreciar, e parece que você não se importa em chama-la de Deus. Mas quando você perdoa, você ama. E quando você ama, a luz de Deus brilha sobre você.
- Puta-que-pariu!
- Eu já te disse sobre essa sua linguagem!
(risos)”Felicidade só é real quando COMPARTILHADA”.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Consulta

- Oi, tudo bem?
- Tudo...
- Tudo mesmo? O que te traz ao consultório?!
- Então...não tô conseguindo dormir direito, tô completamente lesada, vivo perdendo as coisas e esquecendo meus compromissos, erro o caminho sempre e me pego falando sozinha. Minha mão sua, minha cabeça dói e eu sinto uma vontade imensa de comer chocolate. Não consigo prestar atenção em nada e parece que tem milhões de borboletas no meu estômago...
- Entendi...
- É grave, doutor?!
- Não, vai ser feliz...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

É feio!

Incrível, mas é sempre assim! Tenho várias amigas que namoram, e o que elas mais querem é que eu namore também. Porque as pessoas comprometidas querem que todos tenham um parzinho. Tudo bem, namorar realmente é ótimo, mas há tempo de ficar solteira e tempo de namorar. Enfim, para me colocar na mesma situação que elas estão, essas amigas vivem querendo me apresentar mil homens. É um cara novo que trabalha com uma, é o primo da outra e o amigo da amiga do amigo do namorado daquela outra lá. Elas não podem ver um homem solteiro que pensam logo em me apresentar. E chegam cheias de charme, contando histórias e descrevendo as 537 qualidades que eles têm. Até porque, para elas, eles nunca tem defeito! Depois da ficha completa, antepassados e link do orkut, faço sempre a mesma pergunta: “ah, e ele é bonito?”. E elas respondem, quase em coro: “é gente boa!”. Pode saber: é feio! O gente boa sempre é feio. Não que os bonitos não sejam legais, mas o cara que é definido como “gente boa” é feio! E seria desgraça demais pra uma única pessoa, né?! Chato e feio!
Já marcamos reuniões em casa, baladas, cafés e um dia alegre no parque. Para cada apresentação elas inventam um programa diferente. Agora já aprendi, se pergunto: ele é bonito, e escuto um: gente boa, vou pro encontro com uma desculpa preparada, e só aceito se for um lugar que eu posso sair a qualquer instante. Se o cara fosse bonito, elas responderiam: nossa, é bonito! Ou até: é bonitinho. Mas responder: gente boa...
A pergunta não foi se ele é chato ou legal. A pergunta foi sobre a estética da pessoa. Não estou interessada em saber, ainda, o quanto ele é engraçado, sociável e descolado. Lógico que isso interessa, mas não no primeiro momento. Elas deviam responder sinceramente o que eu pergunto. As coisas ficariam muito mais fáceis, elas passariam menos vergonha e eu ficaria menos embaraçada. É, porque dispensar um cara quando estão, você, ele, sua amiga e o namorado... é uma situação bem complicada! O cara já vai pro encontro achando que “será A noite”. Só lamento!
Cuidado então nos seus próximos encontros. Se perguntar: “é bonito (a)?” e ouvir um “é SUPER gente boa”, prepare-se. Quanto maior a empolgação do “gente boa”, menos dentes, mais bafo e chulé e mais barriga a pessoa tem!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ventania

VENTANIA

O vento voa
Entre tardes, manhãs e momentos
Voa suave
Voa intenso
Catando o vento
Cantando o som
Girando o sol
Sendo único em todo o seu lamento
Brilhando como um farol

Cata-vento ventando
Girassol aquecendo
Flores, nuvens e estrelas
Tenras no céu
Delicadas na terra
Envolto nos meus pensamentos
Fazendo da ventania
A mais doce companhia

Vai vento V E N T A N D O
Cata-quise
Minimize
O sol aquecendo
Toca doce ventania
A face adormecida
A face querida
E faz-se único no seu esplendor.
Continua ventando vento
Vai passando e voando
Cria um grande prazer
Presente nesse seu ser
Que insiste em ventar
No sol que está girando
Girando
Girando
Girando
...Sem parar!

Voa vento infinito
Faz-se ainda mais bonito
Na arte de ventar
Refresca a face afligida
Até mesmo esquecida
Que só o vento pode tocar
Voa vento V-E-N-T-A-N-D-O
Cata-vento insano
Venta no sol BRILHANDO
Que não vai parar de girar!