sexta-feira, 28 de novembro de 2008

TCC

Tem coisa que só acontece comigo, definitivamente. Semana de projeto final na faculdade, mil coisas para resolver, vários detalhes para arrumar e um planejamento estruturadíssimo para que tudo saia perfeito no grande dia. Impressões e mais impressões. Assisti inúmeras bancas para avaliar o que era necessário e o que poderia descartar. Vi A's que mereciam B's e A's que mereciam um "com louvor", mas não tiveram. Vi injustiça, vi prepotência, vi humildade, vi trabalhos bons. Vi gente que fez tudo e gente que não fez nada. Me preocupei. Passei mais algumas madrugadas fazendo trabalho, teriminhando a 37ª versão da planilha, relendo o manual de logomarca, revisando cada ponto do briefing. Ensaiei a apresentação na frente do espelho com o cronômetro na mão. Tive idéias. Mais idéias. Mais umas... E outras!
Era hoje! Coloquei minha roupitcha roxa (cor da agência) e fui feliz para a faculdade... Nem lembro qual foi a última vez que cheguei tão cedo na aula. Grupo reunido. Expectativas, ansiedades, tensão, empolgação. Um mix de marketing... ops! Sentimentos...
Minha mão suava, mas eu estava tranquila, por mais que não parecesse.
O professor chega na sala. Seríamos o primeiro, o segundo ou o último grupo?
Um amigo passa mal. O professor avisa que perdeu todo o meu trabalho. Fico pra depois.
Semana que vem talvez eu apresente. Serão só mais umas noites em claro.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Festa ProAction!


















Teve até show de rock. Line-up escolhido a dedo pelo DJ. Teve churrasco, cerveja, vodka. Teve piscina, garota-molhada, histórias pra ficar na memória...
Teve gente querida! Gente animada! Gente legal...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

00:56h

Nem todas as minhas madrugadas são passadas em festas. Algumas são passadas em frente ao computador, trabalhando. E por incrível que parece, são tão prazerosas quanto as noites que passo em baladas. Gosto de escrever no silêncio. Quando olho pra trás e vejo a agência vazia, ou quando estou sozinha no meu quarto, me escuto. Me encontro. Consigo entender o que estava o dia inteiro na minha cabeça e não se estendeu para o papel porque não consegui me desligar do mundo. Tenho uma dificuldade enorme em focar a minha atenção em uma única coisa. Presto atenção em tudo. Reparo em detalhes e, ao mesmo tempo, me disperso. Por isso meu trabalho rende de madrugada, estou focada nas minhas idéias. Nos meus pensamentos. E até o sono, que seria um grande impecilho, faz a minha alegria. Me divirto com meus desvaneios psicóticos embalados pelo tal sono; me desperto de viagens malucas e, ao mesmo tempo, me permito sonhar acordada com o que antes parecia super impossível. Só escuto o som das minhas palavras. Ora elas batem no teclado do cumputador, ora riscam um papel, ora saem da minha boca, ora gritam na minha cabeça.
Escuro, expirra, expira, inspira.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

21!

Nada como ter 21 anos. A noite começou com uma exposição de esculturas fantástica. Alimentei o meu lado cultural. Vi peças incríveis e aprendi uma nova técnica de fazer arte. Uma taça de champagne me animou para ir para um barzinho conversar. Foi o aquecimento para a minha balada perfeita. Música boa, gente bonita, muita dança, muita animação. Queria que o mundo inteiro vivesse aquele momento e que aquele Dj tocasse pra sempre.
Vento no rosto de novo. Bar com os amigos. Risadas. Uma música boa começa a tocar e alguém sugere uma roda de violão. Tentativas frustradas de comer japonês terminam em uma drogaria 24 horas. Três pessoas na fila e vários sacos de batatas chips.
Instrumentos em mãos, rodinha formada. Praça, vento, luz da lua. Música que movimenta o mundo.
Música que une pessoas diferentes, que nos permite novas amizades, que rende histórias e momentos pra sempre!
Nada como ter 21 anos, chegar 7h da manhã em casa, tomar um banho e ir pra aula.
Nada como ter 21 anos e viver os 21. Daqui alguns anos posso achar tudo isso insano. Posso não conseguir mais aguentar um dia de trabalho depois de uma noitada, mas vou ter certeza que vivi o quanto consegui. Que aproveitei. Que fiz tudo que queria fazer.

E outra, vou ter muito tempo pra dormir quando tiver 70 anos! =)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sem mais nem menos, ele falou...

Era mais um dia normal.
Acordei cedo, fui pra faculdade, depois corri pra aula de francês. Tudo absolutamente como deveria ser.
Como sempre, esqueci algumas coisas em casa. Deixei uns papéis importantes em cima da mesa e tive que me virar no escritório para conseguir as informações que estavam naqueles rabiscos. Mesmo com alguns casos para analisar e duas propostas de conciliação jurídica em cima da minha mesa, tive que dedicar um bom tempo do meu dia para tentar lembrar qualquer coisa das anotações. Claro que foi inútil. Minha cabeça já não funciona muito bem normalmente, lotada de trabalhos e preocupações então, impossível.
Precisei apelar e ligar para as pessoas do grupo que certamente teriam cópia dos meus escritos. Liguei para umas três pessoas e nenhuma delas foi útil. Fiz de tudo para não ligar pro quarto integrante. Sabia que me renderia um papo absolutamente desnecessário. E esse papo se acumularia em lembranças. Fiz de tudo, mas acabei ligando.
Entre a troca de informação acadêmica, um elogio ou outro chegava ao meu ouvido. E o apelido que ele sempre me chamava, isso fez minha perna tremer. Percebi o quanto ele estava feliz e perguntei o motivo. Fui obrigada a ouvir que era por minha causa, que era o efeito da minha voz na vida dele. Não soube responder. Mudei de assunto. Ele insistiu. Disse que me adorava, que pensava em mim e que meu sorriso era fixo em sua cabeça. Fiz de tudo para não acreditar. Não foi isso que percebi naquele domingo, quando encontrei com ele no cinema. Ele estava acompanhado.
Mudei de assunto novamente. Foquei no trabalho que deveríamos fazer. Inventei qualquer desculpa para desligar e passei o resto do dia aérea. Longe de todos os meus trabalhos no estágio. Longe de todas as petições, ações e processos. Longe de todas as matérias que eu precisava estudar para a maratora de provas que enfrentaria na faculdade. Longe de mim. Bem perto dele.
Acordei para o mundo quando a música da Amy que eu ouvia foi interrompida pelo barulhinho do MSN. Uma janela subiu na minha tela. A dele. E tivemos a menor e mais impactante conversa.
ele: Ja te falei q te amo???
me: não
ele: pois eh te amo...
me: ...
ele: =)
me: vc merece uma surra, sabia....rs...
ele: tapa de amor nao doi....
me: mas outras coisas doem...

Ele falou. E há um tempo era tudo o que eu queria ouvir. Agora já não sei. Acho que mais que ouvir, agora eu quero sentir que isso é mesmo verdade. Talvez seja só mais uma das coisas que se fala da boca pra fora...