quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Desconheço

Não foi a primeira vez.
Ela insistia em fugir. Via o que os seus olhos não queriam enxergar. E não sentia o que o seu coração repelia. Cada pedacinho do seu corpo, tomado pela maior de todas as incertezas.
Não havia placas, ninguém indicava o caminho e todas as informações que conseguia eram vazias e sem nexo. Falam e não diziam nada, mas continuavam falando e justificando.
E ela rodava. E corria. E insistia em fugir.
Antes de sair ouviu de todos o quão inútil seria aquela volta. Não aprenderia nada, não colheria nada. Ouviu que seu esforço seria em vão.
Ela não acreditou. Começou com poucos passos, negando o caminho. Mas antes mesmo de percebê-lo real, já estava mais envolvida com a estrada do que esperava.
E agora não queria mais estar ali. E agora só queria correr.
Só queria sair.
Mas sem placas, sem informações.

3 comentários:

Anônimo disse...

Seria tão bom se falassem sempre: vire a direita, faça isso, leve uma lanterna, agora beba água...
:(

Hely Lopes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Hely Lopes disse...

VOCÊ ESCREVE BEM MESMO GEYNTE =0
Parabéns Gabi, o texto ficou show.