quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Reveillon

Trauma de reveillon.
Existe isso? Se existir, eu sofro desse mal!
Estou fadada a ter reveillons ruins. E ruins MESMO. No pior sentido que tudo isso represente.
Avalia comigo:
1) Eu já fui chifrada num reveillon. E ele me ligou, às 6h da manhã pra pedir perdão.
2) Já passei o reveillon assistindo "A Fantástica Fábrica de chocolate"
3) Já passei a virada trancada no quarto chorando porque meu pai não deixou eu viajar com alguém que eu gostava muito.
4) Já fiquei numa cidade sozinha, sem família, sem amigos, sem ninguém.
5) Já quebrei meu salto no meio da festa.
6) Tentei fugir de uma festa pra ir em outra e o freio do carro deu problema.
7) Já comprei tudo pra uma viagem que nunca aconteceu.
8) Já dei PTs históricos, de ficar deitada no cais passando mal (antes de 00h).
9) Já vi o menino que eu era apaixonada ficando com outra.
10) Meu vestido já rasgou na entrada de uma festa.

Enfim. Pelo menos eles rendem histórias depois. Histórias, terapias, lágrimas, gargalhadas...
E sempre renderam bons anos.
O mais engraçado é que parece que quanto pior é o meu reveillon, melhor é o meu ano.

Que venha 2010.
E nada disso aconteça com nenhum de vocês.


ps.: prometo um post sobre o reveillon desse ano.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Dias ensolarados

O sol brilhou durante todos aqueles dias. Iluminou meus passos, entrou pela minha janela para me acordar e fez os passarinhos cantarem mais alto e mais felizes.
O sol me acompanhou. Até nos dias que eu não estava muito aí pra ele. Até nos dias que todos reparavam seu esplendor, menos eu, o sol estava lá pra mim.
Passeava pelo meu cabelo e fazia meu olhos fecharem. Encantou meu sorriso e me aqueceu. Esse sol...
Então um dia eu acordei, e o sol não estava mais lá. Não entrou pela minha janela, não brilhou, não iluminou meus passos e nem fez meu olhos fecharem. O sorriso sumiu, o frio chegou e os pássaros não cantaram mais. O sol se escondeu. E as nuvens que estavam no céu agora me traziam lembranças boas de quando o sol estava ali.
Eu quis o sol de volta. Quis que ele brilhasse mais. Procurei o sol e nada...
O frio só me fazia sentir mais saudades.
Mas, nessa altura, o sol já não estava nem ai pra mim.
E eu vi o sol partir.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Em 2009...

( ) fiquei solteiro(a) o ano todo
(x) dei uns amassos dentro/em cima de um carro
( ) beijei na neve
( ) celebrei o Halloween
(x) beijei na chuva
(x) tive meu coração quebrado
(x) quebrei o coração de alguém
( ) tive um stalker
(x) excedi o limite de minutos do celular
(x) tive um bom relacionamento com alguém
( ) alguém questionou minha orientação sexual
( ) fiquei grávida
( ) sofri um aborto
( ) tive um relacionamento com alguém que nunca irei esquecer
(x) fiz algo de que me arrependi
(x) perdi a fé no amor
( ) pintei um quadro
(x) escrevi um poema
(x) comprei roupas de marca
(x) escrevi em um blog
(x) ouvi músicas que odeio
(x) dormi na casa de alguém
( ) fui acampar
( ) dei uma festa surpresa
(x) ri até chorar
(x) ri até (quase) me mijar
( ) visitei outro país
(x) furei uma fila
(x) disse a alguém que estava ocupado(a) quando não estava
(x) festejei o ano novo
( ) fui um desastre na cozinha
(x) perdi algo/alguém importante para mim
(x) quebrei uma promessa
(x) menti
(x) desobedeci meus pais
(x) chorei por um coração quebrado
(x) corri um quilômetro
(x) desapontei alguém próximo
(x) mantive um segredo
(x) fingi estar feliz
(x) dormi sob as estrelas
( ) mantive minhas resoluções de ano novo
(x) esqueci minhas resoluções de ano novo
(x) conheci alguém que mudou minha vida
( ) conheci um dos meus ídolos
( ) mudei minha visão da vida
(x) fiquei em casa sem fazer nada o dia inteiro
(x) fingi estar doente
( ) saí do país
(x) quase morri
(x) desisti de algo importante para mim
(x) perdi algo caro
(x) aprendi uma coisa nova sobre mim mesmo(a)
(x) experimentei algo que não experimentaria normalmente e gostei
(x) descobri onde meus verdadeiros amigos estavam
(x) conheci pessoas ótimas
(x) fiquei acordado(a) até o raiar do dia
(x) chorei pelas coisas mais bobas
( ) nunca fiquei em casa nos fins de semana
( ) sofri um acidente de carro
(x) alguns amigos se distanciaram
( ) alguém próximo de mim morreu
(x) tive uma conta alta de celular
( ) gastei a maior parte do meu dinheiro com comida
(x) entrei numa briga
( ) fui para a praia com meu melhor amigo
(x) vi uma celebridade
(x) fiquei doente
(x) gostei de mais de 5 pessoas ao mesmo tempo
(x) fiquei mais próximo(a) de muitas pessoas
(x) fiz uma mudança em minha vida

E você, fez o que do seu ano?

ps.: vi no 14 de Março e achei legal. Copiei e marquei meus xizinhos.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Desabafo

Faz, trabalha, escreve, escreve, escreve
Refaz, digita, escreve, escreve, escreve
Não dorme, come pizza, toma café
Não sai, não namora, não ri
Trabalha, bate ponto, escreve escreve escreve.
Sem vírgulas! Vírgulas são pausas
Não pensa, não queira, não falte e não fique doente
Escreve escreve escreve escreve escreve
Não não não não
Não fala com ele, não entre em redes sociais, não veja pessoas
Olhe pra tela, faz, foca, trabalha
Escreve escreve escreve escreve escreve

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Final de semana por The Killers

It started out with a kiss / And she's calling a cab / Seventeen tracks and I've had it with this game / And on the cold, wet dirt I cry / Close your eyes / Clear your heart / If you can hold on / But it's just the price I pay / Don’t you wanna come with me? / Help me out, yeah / Can we climb this mountain / And you know I might / Have just flown too far from the floor this time / we’re gonna look at the stars / A cinematic vision ensued like the holiest dream / Don’t you wanna feel my skin on your skin? / With all these things that I've done / Just tryin' to keep it in line / Let me know is your heart still beating / Or are we dancer? / My hands are cold / Oh well I don't mind / Somebody told me / A southern drawl / “Wait till tomorrow, you’ll be fine.” / Now they're going to bed / And it's all in my head / It's all in my mind.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Relacionamento publicitário

E se os nossos relacionamentos fossem como o mercado publicitário?!
Abriríamos concorrência para escolher um namorado. Passaríamos um briefing incompleto, como os que geralmente chegam dos clientes, disponibilizaríamos uma verba mensal para saídas e espereríamos por algo que fizesse nosso queixo cair.
Os candidatos fariam pesquisas com amigos, familiares, casais felizes e outras mulheres solteiras. Traçariam um perfil, nos analisariam da cabeça aos pés, física e psicologicamente. Fariam um planejamento, definiriam planos, metas, objetivos e depois apresentariam a mais surpreendente campanha.
Entre as peças: roteiros de viagens, mensagens sedutoras, imagens fantásticas.
Depois de tudo isso, escolheríamos o que mostrou mais potencial, o que mais surpreendeu e aquele que parece conseguir atingir todas as suas metas. Escolheríamos e assinaríamos um contrato anual.
Depois de uns seis meses a gente veria que existem pessoas que fazem o mesmo trabalhabo cobrando muito menos. E os que cobram o que pagomos fazem um trabalho muito melhor.
É o mercado, é o mercado...


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Gloriosa

Acho que eu tinha 25 anos quando conheci a Beatriz. Menina bonita, até demais. Trabalhávamos no mesmo escritório de advocacia, ela advogada recém formada e eu administrador.
Beatriz era conhecida por todos no prédio onde ficava o escritório. Nem sempre pelo nome ou profissão, mas de alguma forma, os outros a conheciam. Ela era diferente das mulheres que freqüentavam aquele lugar. Não era fresca, nem metida, era feliz. Era linda e sabia disso... Mas convivia como ninguém com as próprias qualidades. Beatriz ria, tinha estilo e era extremamente dedicida. Demorei um bom tempo para conversar com ela, todos esses itens me metiam medo.
Ela desfilava com o carro do ano e com bolsas e sapatos que matavam qualquer mulher de inveja, também trabalhava só a tarde. Por essas peripércias, o pessoal do escritório criou parentescos e casos diversos com a chefia para explicar a capacidade de transfomar um salário de R$1.000,00 em tanto luxo. Pra mim, ela era filha de pai rico e pronto. Nenhum homem daquele escritório era homem suficiente pra ela. Bem que queriamos, mas nem tentávamos.
A Beatriz rondou meus pensamentos por várias noites. Entre várias mulheres. Entre meus momentos mais solitários. O cheiro dela no elevador era suficiente...
Aos 27 eu realmente conheci a Beatriz. Ela já não tinha mais os 23 anos que mexiam com a minha imaginação, mas tinha tudo que mexia com meu corpo inteiro. Lembro perfeitamente de como começamos a conversar. E não foi no escritório. Ela estava toda de branco, com 3 amigas tomando uma grande chuva. Estava ensopada, no meio da cidade. Passei de carro e fiquei anestesiado com aquela cena. Desci para oferecer ajuda... Em vão. Elas queriam estar ali. Entrei na brincadeira e comecei a dançar com as garotas... Duas eram engenheiras e outra bailarina. Encantadas.
As horas se passaram e nem percebemos. Quando nos demos conta, o dia amanhecia. Ofereci então minha casa para trocarem de roupa e se secarem, estávamos ao lado. Elas aceitaram e foram o motivo da minha melhor lembrança.
As roupas ficaram pelo caminho e, nesse ponto, já conhecíamos demais uns dos outros. Ninguém dormiu. Ninguém se queixou.
Quando cheguei para trabalhar, estava realizado. Mais que realizado, estava transbordando. Beatriz chegou um pouco depois e sorriu pra mim. Só ela não estava sem graça. Depois de alguns minutos ela deixou um bilhete na minha mesa... Era a conta daquela noite.
Beatriz, a moça linda e avassaladora só representava a advocacia. O carro, as bolsas e sapatos eram sustentados pela noite. E por prazeres como os que eu tive.
Mas foi um ótimo investimento.

sábado, 10 de outubro de 2009

A semana de Aline

Segunda-feira
Passei o final de semana inteirinho trabalhando no projeto daquele parque aquático para maiores de 65 anos. Sabia que tava levando para a reunião um dos melhores projetos arquitetónicos que já fiz. A reunião com o cliente era logo depois do almoço. Fiquei tão ansiosa que nem consegui comer.
2h de reunião.
Eles odiaram. Não gostaram de nada, nem da ideia nem da execução. Detestaram as formas, as cores e toda a estrutura. E eu fiz TUDO exatamanete como eles queriam. Odeio cliente. E ainda por cima, tô faminta. Próximo dia, por favor.

Terça-feira
No escritório as coisas estão terríveis. As pessoas estão estressadas umas com as outras. E eu tenho que refazer um projeto de 20 dias em 3. Vou abstrair. Respira. Para. E vamos lá.
Sai bem tarde do escritório e fui pra um barzinho encontrar as meninas. Nossa, precisava muito de qualquer coisa alcoolica. E o que acontece? Eu sentadinha, linda, tomando minha caipirinha e a merda do Paulo entra... com outra! Tá, a gente já terminou há 1 mês; mas ele já tá com outra assim?! Saindo numa terça-feira?! Próximo dia!

Quarta-feira.
Choveu. Choveu demais. Meu carro foi arrastado e ficou cheio de água. Tomei chuva. Muita chuva. E ainda trabalhei até 3:27h da manhã. Isso explica como foi o meu dia. Próximo.

Quinta-feira.
Carro na oficina.
Meu Deus, é quinta feira! Eu parei de tomar o anticoncepcional na sexta e não fiquei menstruada até hoje! Tinha que ter ficado na segunda, no máximo na terça. E agora?! Será que eu tô grávida? Acho que eu nem tenho o telefone daquele carinha que eu fiquei depois da Sensation. Sabia que eu não devia ter ido pra casa dele, alguma coisa me falava isso. Burra! Vou comprar um teste de gravidez na farmácia.
Pra completar meu chefe disse que estou despedida se o cliente do parque aquático cancelar o projeto.
Grávida, sem carro e sem trabalho. Próximo.

Sexta-feira.
Não consigo pensar no projeto. Não consigo fazer. Lá se vai mais um final de semana...
Decidi que precisava fazer compras, pra aliviar essa semana cabulosa. Entrei numa loja e pedi uma calça 38: não serviu! Visto 38 desde que sai da adolescência. Grávida, sem carro, sem trabalho e... Gorda! Sensacional.
Liguei pro Paulo, precisava conversar com alguém, ele não me atendeu, viado!
Tive uma ideia: viajar no sábado. Algum hotel-fazenda-SPA, pra eu me distrair, terminar o projeto e fazer um regime. Liguei no escritório e pedi pra secretária fazer uma reserva. Aproveitei que tava na rua e fui no banco tirar dinheiro pra viajar. Cadê o meu cartão? Fudeu! Os bancos estão em greve e o meu cartão sumiu. PRÓOOOXIMO!

Sábado.
Só uma coisinha: perdi a merda do ônibus pra viajar.
Possivelmente grávida, despedida, gorda, sem carro, sem dinheiro e sozinha em SP em pleno sábado de feriado.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Cenas

Aos 4 anos:
- Mãe, por que as pessoas tem orelhas? Orelhas são feias.
- Pra escutar...
- Mas num podia ser só um buraquinho?!
- Ué Gabi, imagina como seria estranho se elas não tivessem orelhas, mas buraquinhos...
- Ia ser bonito! Todos os meus desenhos são sem orelhas e você sempre fala que eles são lindos...

Aos 8 anos:
Gabi e Gabriel num restaurante chiquérrimo em SP, enquanto seus pais jantavam:
- Gabriel, vamos apostar quem bebe refrigerante mais rápido?!
- Vamos!
- Pede mais refri então...
- Duas garrafas?
- Duas pra cada...
(Gabriel pede duas garrafas de coca-cola pra cada um). Gabi acaba primeiro.
- ACABeeei...
E olhando para a cara do amiguinho, vomita toda o refrigerante que bebeu.

Aos 13 anos:
Em Campo Belo tinha um parque. E no parque tinha um brinquedo que rodava (Interpraise). Gabi estava no parque com os primos e uns amigos de São Paulo.
- Alguém vai no Interpraise comigo?
CORO: - Não!
- Por favooor! Eu quero muito ir...
Depois de muita insistência, Felipão resolve acompanhar a menina.
- Vai Gabi, eu vou com você...
- Eba!
No brinquedo, as pessoas eram colocadas em dupla dentro de uma cabine, um sentava em cima e o outro sentava embaixo.
- Gabi, vc tá sentindo uma água dentro disso aqui?
(Gabi, rindo muito) - Felipão, desculpa, fiz xixi...


E eu não tenho vergonha de contar!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Intensidade

Noite.
Toque. Cheiro. Expressão.
Calor. Suspiro. Fogo. Tesão.
Mãos. Duas. Três. Quatro.
Pernas.
Suor.
Lambidas. Desejo.
Abraços. Amasso.
Bocas.
Pele. Corpo. Nu.
Gritos. Gemidos. Delírios.
Gozo.
Respiração. Musculos. Emoções.
Razão.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A verdade nua e crua (I)

Terça feira, 12 de setembro.
Ele saiu do trabalho e foi direto pra casa, tinha um compromisso. Tomou um banho demorado e aparou a barba. Escolheu uma das várias blusas pretas que tinha no armário, se perfumou e calçou seu tênis novo. Entrou no carro e escolheu a música certa para aquele momento.
Já tinha feito a reserva no Vecchio Sogno e até escolhido o vinho. Um vinho tinto encorpado, Cabernet Sauvignon. Tudo preparado para uma noite perfeita.
Passou na casa dela e seguiram para o restaurante. Ela estava encantada com o cara que esperou do lado de fora do carro, só para abrir a porta e entregou um botão de rosa.
- Você está linda, Tatiana.

Quarta feira, 13 de setembro.
Ele saiu do trabalho e foi direto pra casa. Tomou um banho e aparou a barba. Escolheu outra das várias blusas pretas que tinha no armário e se perfumou. Entrou no carro e colocou a mesma música da noite anterior.
A reserva no Vecchio Sogno estava confirmada e o mesmo Cabernet Sauvignon separado. Tudo preparado para outra noite perfeita.
Passou na casa dela e seguiram para o restaurante. Ela estava encantada com o cara que esperou do lado de fora do carro, só para abrir a porta e entregou um botão de rosa.
- Você está linda, Dani.


Quinta feira, 14 de setembro.
Tomou um banho e escolheu outra das várias blusas pretas, se perfumou. Entrou no carro e colocou a mesma música. Foram para o mesmo restaurante e beberam o mesmo vinho. Tudo preparado para outra noite.

Passou na casa dela. Ela estava encantada com o cara que abriu a porta do carro e entregou um botão de rosa.
- Você está linda, Paula.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Nada convencional

Elas se conheceram numa noite, em algum aniversário por aí e já caíram na gandáia. Uma noite despretensiosa, só para fugir de alguns problemas. Eram quatro meninas querendo se divertir, e nada mais.
Ignoraram até o fato de serem quase as primeiras a chegar na festa. Ignoraram o fato dos seguranças ficarem olhando. Ignoraram tudo. Só não ignoraram a presença de uma outra garota.
Sozinha, num canto da boate, bebendo uma cerveja. No mínimo estranho. É bem difícil encontrar uma mulher que encare uma balada sozinha. Cinema, show, teatro...até vai, mas balada, não dá!
Do grupinho das quatro meninas, uma resolveu ser solidária e se socializar. Contra a vontade das outras, que fizeram um julgamento antecipado péssimo (qual é a primeira coisa que pensamos quando vemos uma mulher sozinha numa boate?!) ela foi:
- Oi...
- Oi!
- Tudo bem?
- Tudo e com vc?
- Também. Você está esperando alguém?
- Não, estou sozinha...
- Sério? Sozinha mesmo? Que coragem! Admiro gente de atitude...
(as outras três da turma, que ficaram afastadas, faziam sinais frenéticos para que a amiga saisse dali, mas não adiantou...)
- É, não é muito comum, né?! Mas eu estou precisando me divertir. Terminei um relacionamento recentemente.
- Ah é?!
(outra garota da turma se aproxima, afinal, a solitária parece legal. As outras continuam desconfiadas)
- É...
- E você tá bem? Ou está sofrendo? Ainda gosta dele?
- Estou sofrendo muito. Amo ele.
- Nossa, então por que você não tenta ficar com ele? Conversa com ele...
- Ah, não dá...
- Por que?
- Ele descobriu que eu sou homem.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Há um mês

Há um mês era o meu baile de formatura. Acordei tarde, ainda com os olhos meio inchados da alergia que tive dois dias antes. Mas aquele era O dia, se os olhos continuassem inchados, eu compraria um óculos maravilhoso para a festa.
Sai de casa e fui ajeitar os últimos detalhes. Entregar os últimos convites, comprar o que faltava, resolver coisas da comissão. Sai para sentar na praça e não pensar em nada. Não queria que nada saísse errado e não queria ficar nervosa. Fui pra casa, descansei, revi amigos queridos que há algum tempo eu não encontrava. Falei ao telefone.
Há um mês eu saia de casa chorando porque estava atrasada pro salão. E descobria que teria que esperar 1 hora para ser atendida. Li todas as Caras, Contigos e Quem daquele mês. Fiquei confusa com o que faria no meu cabelo e vi, frenéticamente, milhares de revistas de cabelo. Meu celular não parava de tocar e eu já não queria falar com ninguém. Minha barriga queimava, minha mão suava e eu estava completamente inquieta.
Há um mês eu me olhei no espelho e me achei realmente linda. O cabelo estava perfeito, a maquiagem estava fantástica, o vestido tinha sido feito no meu sonho. E eu estava muito feliz.
Há um mês eu me equilibrei num salto de 15 centímetros e fiz TUDO que eu queria fazer. Curti a festa do jeito que eu queria curtir. E valeu a pena. Dancei como se ninguém me olhasse, cantei como se nem tivesse banda, ri até sentar no chão.
Há um mês eu me jogava em certos braços, como se não existisse mais nada.
E valeu a pena. E eu estava muito feliz.

Sempre há tempo

E se você tivesse mais cinco horas no seu dia?

E se fossem nove os dias da semana?

E se as pessoas voassem, os animais falassem e as plantas dançassem?

O tempo está passando. E o que você está fazendo?

O tempo vai passar, filhos vão nascer e crescer, o mundo vai girar e seu coração continuará a bater.
Você vai amar, vai construir e vai sonhar.
Vai?
O tempo está passando. E o que você está fazendo?
Recomece, mas nunca deixe de voar. Sempre há tempo para se transformar
Sutileza.
Sempre há tempo para SE transformar.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Podia, mas não teria história

Podia ser só mais um dia de verão. Podia ser só mais um dia que o sol nasceria atrás daquele prédio. Só mais um dia de vento. Só mais uma música no playlist.
Ela subiu a rua com um destino certo, não estava muito animada, a sua intuição sempre jogava as proposições para baixo, mas foi. Eram dois quarteirões de caminhada até chegar ao carro. Quando sentou e ouviu o barulho do motor, pensou novamente. E novamente.
Com o celular na mão, fazia muitas ligações ao mesmo tempo e não completava nenhuma delas. Ou não queria completar.
Podia ser só mais uma festa. Só mais um bando de gente no meio do nada. Só mais uma.
Os sentimentos e reflexos se misturavam com os medos e ansiedade. O carro parou. Neste momento ela teve um pouco mais de certeza de que deveria ter ficado em casa. Mas respirou fundo e seguiu em frente, não dava mais pra voltar.
Encontrou com amigos, encontrou conhecidos e não encontrou alguém. Ou não reconheceu. Podia ser só mais uma noite legal. Mas foram desencontros pessoais, quando as pessoas que estão ali, não estão ali. Confuso. Ela quis correr, quis chorar, quis ligar para todas as pessoas que tentou falar no meio do caminho. Não fez nada. Ninguém fez nada. Todo mundo cruzou o braço, e só. A menina ficou se fazendo muitas perguntas e se culpando por não seguir a intuição. No auge da noite ela se sentia a pessoa mais sozinha do mundo, no meio de milhares.
Ela só quis um abraço. Mas não encontrou braços estendidos. Não encontrou olhares correspondidos, não encontrou consolo.
Voltar nem sempre é fácil. Sentar no mesmo carro, ligar o som e continuar ouvindo a música que ficou pausada, chegar em casa e encontrar tudo igual, se sentindo completamente diferente.
Voltar no começo teria evitado acontecimentos, aborrecimentos e luzes.
Mas se ela voltasse no começo, não teria história.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

No dia dela, pra ela.

Foi numa festa no Chalezinho. Tínhamos alguns amigos em comum. Eu já conhecia algumas histórias dela.
Conversamos bem pouco a princípio.
Alguns bares, temakis e taças de champagne depois: ela se tornou indispensável!
Amiga mesmo, pra todas as horas, pra ligar de madrugada e fazer confidências. Amiga que eu quero pra sempre comigo, que entende minhas neuroses e me faz sorrir.
Amiga que ama, que xinga, que fala verdades e abraça.
Amiga simples, sem segredos, sem barreiras e sem disfarces.
Amiga uma. Amiga minha. Amiga nossa.
Nem parece que foi ontem, nem parece que ela não cresceu comigo.
Amiga que compartilha histórias, histerias, confusões e olhares.
Amiga que chora, que erra, que faz, refaz, desfaz e acerta.
Amiga que eu amo.

Nem parece que você chegou há tão pouco tempo.

Thata, PARABÉÉÉÉNS pelo seu aniversário!
Toda a felicidade do mundo é pouco pra você!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Oradora de Publicidade

Viva o lado Coca-cola da Vida. Antes de entrar numa Universidade a gente se depara com uma ficha de inscrição. Marcamos publicidade e propaganda. Uns com muita certeza, outros totalmente no escuro. E muitas pessoas ficaram intrigadas com nossa escolha. Nossos avós e pais perguntavam sempre em qual jornal escreveríamos ou o que faríamos exatamente da vida.
A primeira impressão é a que fica. 2005, Agosto. A maioria entrou na Universidade sem muita noção de tudo. Não sabia cozinhar, cuidar da casa e nem de nós mesmos, não sabia fazer escolhas nem sabia o que viria. Eram jovens querendo se desfraldar, correndo atrás de um sonho ou simplesmente de um diploma. Aos poucos a gente foi se descobrindo. As brincadeirinhas de sala de aula e guerrinhas de extintores de incêndio deram espaço às reuniões e brainstorms. Nos colocamos num espaço de movimento e transformação. Encontramos pessoas, convivemos com a diferença, aprendemos a temperar a comida, entender o que a gente nunca viu e a olhar para o próprio trabalho e se encontrar.
O tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boa. Alguns descobriram o que é passar mal de tanto beber e quem é amigo de verdade. Nos aproximamos por afinidade ou talento e produzimos trabalhos que fizeram os professores babarem. Teve quem engravidou, os que encontraram um grande amor e quem encontrou vários amores, os que iam para a Disney em todas as férias e teve a turma que descobriu que estava no lugar errado e caiu fora. Alguns viravam noites em baladas e iam direto pra aula e ainda teve quem cantou “vaca amarela pulou da janela” e foi expulso da sala. Tem quem veio de Pedro Leopoldo, Itaúna, Campo Belo, São Paulo... E tem quem foi pra Itália. Cada um viveu uma história. Somos ímpares, mas formamos duplas, trios, quartetos e octetos... Nesse tempo nos tornamos amigos. Em certos casos, irmãos.
Alguma coisa a gente tem em comum. Ser publicitário não é só uma profissão ou um rótulo. É um jeito peculiar de ser. É explorar linguagens, estilos e técnicas. É passar noites em claro pensando no JOB ou acordar de madrugada com uma grande idéia. É ser redator, atendimento, diretor de arte, modelo, editor, ator, engenheiro e figurinista, ao mesmo tempo. Poucos entendem a sensação de ver uma idéia ganhar vida, de ver nossa arte veiculada e como é fantástico ser publicitário – e se tornar um. Seguimos um caminho e nos desenvolvemos como profissionais, na teoria e na prática. Viemos com grandes expectativas... Não encontramos tudo que esperávamos, mas o que vivemos foi muito melhor.
Quem pede um, pede bis. Tivemos professores que hoje são amigos. Compartilhamos almoços, pizzas e dia dos namorados. Uns nos fizeram perder noites estudando juros, fazendo planejamentos de marketing e preenchendo Xizinhos nas lindas tabelas de mídia. Confessamos que às vezes eles eram detestáveis. Mas sempre nos estenderam a mão, davam mais prazo nos trabalhos, sentavam para uma conversa e reviam provas. Hoje temos noção que ensinar é tão importante quanto desenvolver aquilo que um dia alguém nos ensinou.
Ace todo branco fosse assim. Ser publicitário é um jeito de ver o mundo. É achar que todo mundo entende as nossas idéias malucas e conceituais. É pensar que somos os donos da razão e que os meros mortais, principalmente os clientes, nunca terão o feeling que temos. Mas o fato é que de médico, louco, técnico de futebol e publicitário: todo mundo tem um pouco.
Imagem não é nada. Sede é tudo. Agora teremos um diploma em nossas mãos... E o que fazer? Pendurá-lo na parede? Botar na gaveta? Procurar emprego? Desistir de tudo e vender coco na praia? O diploma é só o primeiro passo para uma grande carreira. Precisamos acreditar no poder das grandes idéias. Precisamos nos reciclar diariamente, ver propagandas ruins e lembrar que existem gênios que ainda trazem 33 prêmios de Cannes para o país. É sonhar com Havaianas, Coca-cola, Twix, MasterCard e Volkswagen. E acreditar que podemos fazer ainda mais.
Quem disse que não dá? Abuse e use. Uma boa idéia. Refresca até pensamento. Movidos pela paixão. Ligadona em você. É gostoso e faz bem. Simples assim. Um raro prazer. Gostosa como um abraço. Viver sem fronteiras. Energia que dá gosto. Dúvida por quê? Ou você tem ou você não tem. Original do Brasil. Porque a vida é agora. Vem ser feliz. A gente se vê por aqui.
Que sejamos sempre companheiros de aventuras. Nós somos os profissionais do ano. E vocês ainda vão ouvir falar muito de nós!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Você (Em)

Um recorte
Tecido perfeito
Forma indefinidamente definida
Caimento
Encante-se
Em cante-se

Sorria
Seu momento
Luz que atrai olhares
Poder que irradia
Sentimento
Em balance
Embalace

Linda e única
Leve
Leva paixão
Tecido perfeito
Um recorte
Seu momento
Enamore-se
Em namore-se

segunda-feira, 15 de junho de 2009

12 de junho

Dia frio, passado quase todo debaixo do edredon.
Venci o vento e a preguiça e fui pra cozinha fazer uma sobremesa. Foi um tal de derreter chocolate, bater leite condensado com creme de leite, partir bis e misturar com sorvete. Milhares de calorias juntas. E eu, tentando fazer um regime.
Hora de shopping. Escolher presente nem sempre é fácil. Entrei em várias lojas e vi coisas incríveis. Mas nada parecia com o dono do presente. Descrevi-o inúmeras vezes para vendedores, amigos e pessoas aleatórias.
Volto pra casa. Tomo um banho demorado, arrumo o cabelo, escolho uma roupa fantástica... Estava pronta. Esperei o interfone tocar, era o sinal para descer. Comidas no fogo, vinho nas taças, flores na mesa e velas pela casa. Tudo estava lindo.
Músicas escolhidas a dedo e várias risadas. Um cheiro maravilhoso incendeia a casa: o jantar estava pronto. Cardápio preparado com louvor e degustado com cuidado. Todos os aromas e sabores precisavam ser apreciados.
Trocamos presentes depois do jantar. Amei o que ganhei e acredito que fui muito feliz no que dei. Espaço reservado para a sobremesa. Conversas e mais conversas. Brindes. Abraços e danças. Fotos que nunca serão mostradas para ninguém.
Com certeza foi uns dos melhores dia dos namorados da minha vida. Não queria passar diferente: estava no meio de amigos maravilhosos e que eu amo muito. Nossa solteirice foi só um dos motivos que nos uniu nessa data.

(tá, confesso: passaria o dia dos namorados com um cara bem apaixonado. Seria uma boa troca.)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Tempo final

Sentei num bar, sem muitas esperanças. Não estava vivendo um momento muito bom na minha vida, correndo atrás de emprego, com várias contas atrasadas e sem nenhum amigo por perto.
Entre um gole e outro relembrei como era feliz há uns 4 anos, quando estava entrando na faculdade. Naquele tempo acreditava na felicidade plena, construí sonhos grandes para minha carreira e pensei em mudar o mundo.
O tempo passou e comecei a me conformar com a realidade. Nada ia mudar. Continuaria acordando cedo, andando muito por nada, vendo as mesmas pessoas todos os dias e conversando sobre os mesmos assuntos. Todo dia, sempre igual. E quando um pequeno detalhe se altera, piora.
Aqui estou. Sem emprego, sem namorado, sem amigos, sem diversão e sem esperança. Acordo e vivo cada dia como apenas mais um. Sem perspectivas.
E ali, sentada naquele bar, as coisas não faziam o menor sentido. Todo mundo parecia tão feliz, tão apaixonado, tão bem-sucedido. E eu era apenas mais uma. Sem sorrisos.
A música tocavam, uns dançavam e todos pareciam ter vários amigos. A minha solidão cresceu impressionantemente no meio daquela multidão. Vários, e eu só. Não é possível que fui tola quando acreditei que tudo seria perfeito.
Sai do bar. Minha presença era tão insignificante naquele lugar que nem perceberam que não paguei a conta.
Alguns passos, o sinal abriu. O fluxo de carros aumentou. Mais alguns passos, várias luzes e uma grande batida.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

. .. ... .... ..... ...... ..... .... ... .. .

Meus passos estavam lentos. Andava, mas não estava ali.
Passei vitrines imperceptíveis, pessoas invisíveis e ruas instáveis.
Não estava ali.

Meus pensamentos giravam. Giravam e me transportavam para outro lugar.
Passaram por questionamentos eternos, problemas modernos e falatórios atuais.
Voavam.

Passos e pensamentos extremos
(DES)complementares
Compreensíveis
IN(versos)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Em tempo

Tic tac tic tac tic tac tic tac tac.
Tempo passa.
Passa, repassa, acende, envolve, ensina, aprende, levanta, cai, corre.
Passa-tempo. Passatempo. Passa.
Tempo.
Volta, revolta, anda, gira, olha, pula, pensa, repensa, vai.
Tempo passa.
Manda, desmanda, faz, refaz, cria, inventa, lamenta, mente.
Tempo.
.
.
.
Tempo para.
Para. Limite. Fim. Cansaço. Exaustão. Sobrecarga. Cego.
Tempo para.
Não manda. Não faz. Não cria. Não inventa. Nem lamenta.
Tempo para. Não volta. Não vai, nem vem.
Tempo zero. Tempo nenhum. Para-tempo. Paratempo.
Para.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

ESPALHE

Sou maluca. Criativa, hiperativa, engraçada, curiosa... e quero ser guerrilheira!
Quero ir além da comunicação comumente vista. Quero surpreender da maneira mais inovadora, para gerar comentários, me manter no agenda setting e conquistar um bom emprego. Acredito na troca de experiência, naquilo de ligar a marca às sensações do target e fugir do convencional. Sou irreverente, antenada com as tendências da propaganda e com coragem suficiente para apresentar propostas extremamente diferentes. Acredito que a comunicação e a criação precisam ser exploradas, precisam ir além do anúncio pré-formatado que funciona, deve impressionar.
Pra mim, não basta produzir boas idéias, é necessário inovar, se destacar dentro do atual mercado competitivo. Ampliar o pensamento, permitir o novo, fazer o inusitado... Esqueça todos os currículos que você já viu. Pode me contratar.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Skol Sensation

Sexta, 03 de abril:
17:35h - Gabi sai da agência onde trabalha
17:45h - Chega na Fumec para renovar sua carteirinha de estudante
18:43h - Depois de um trânsito terrível, Gabi chega em casa
19:25h - Gabi chega no conexão aeroporto
19:45h - Sai o ônibus da conexão aeroporto, que deveria sair as 19:30h
20:40h - Gabi chega no aeroporto e encontra com seus amigos
20:42h - Gabi descobre que perdeu o vôo. Era impossível despachar sua mala.
21:08h - Gabi remarca seu vôo para sábado, ás 7h da manhã. Menos R$ 420,00 na sua conta.
21:15h - Ela recupera a sanidade e cancela tudo
21:41h - Gabi volta para BH no conexão aeroporto
22:46h - Ela chega na rodoviária
23:15h - Entra em um ônibus para SP

Sábado, 04 de abril:
07:00h - Gabi chega em SP, depois de tomar 3 dramins e de morrer de frio na estrada. Procura por seus amigos, mas nenhum estava a sua espera. Liga, liga... liga... de novo! E ninguém atende. Os amigos, que passaram a madrugada bebendo, esqueceram a menina na rodoviária. E ela não sabia o endereço do lugar que dormiria.
08:30h - Gabi cogita voltar para BH, mas recua.
09:30h - Os amigos acordam e lembram da Gabi, rola um stress pelo telefone.
10:04h - Ela resolve pegar um táxi e deixar seu orgulho de lado.
11:23h - Gabi encontra seus amigos
12:00h - Gabi vai dormir, culpa dos 3 dramins que tomou.
16:12h - Ela acorda e começa uma festa em casa.
17:17h - Ela descobre o que é o "leite de macaca"
(cenas não divulgadas pela personagem da história)
22:00h - Dois táxis chegam para levar a galera pra festa
22:14h - Os táxis se perdem. Um vai pro Anhembi e o outro vai pro terminal Tietê
22:40h - Gabi, Fabs e Buda pedem emprestado metade dos celulares da festa, na tentativa de encontrar seus amigos
23:00h - Tentativa frustrada e nervos à flor da pele. Conseguem encontrar apenas com 1 amigo.
23:25h - Finalmente eles conseguem entrar na festa.
Um mix de cores e sensações inexplicáveis. Pessoas de diferentes raças, diversas classes sociais. Várias tribos. Todos unidos pela música. Uma grande troca de energias, prazeres, experiências e sentidos. Permitindo-se ser tudo, liberando a dança, brindando o ritmo.


Festa perfeita, valeu a pena cada sacrifício. Faria tudo de novo.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Esqueci

Estou vivendo uma fase meio estranha. São várias coisas que passam por minuto na minha cabeça, e esse mundo de pensamentos me fazem esquecer, viajar, sair de órbita, nem que por alguns segundos. Acordo planejando realizar várias ações importantíssimas para aquele dia. Mas depois de 5 minutos já não lembro de nada, nem do que era importante e muito menos do que não era. Falo que vou ligar e não ligo. Falo que vou fazer e não faço. E não é por maldade, é puro esquecimento. Trabalho, faculdade, agência expermental, agência real, amigos, família... tudo isso é muito importante pra mim, e às vezes sinto que estou relapsa com as pessoas e com as minhas obrigações. Simplesmente porque esqueço. E não sei se essas pessoas entendem, não sei qual o nível delas de aceitação ao meu "esquecimento".
Preciso de mais concentração. Preciso de uma memória melhor. Preciso lembrar que eu não consigo fazer todas as coisas do mundo.
Estou com saudade de mim.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Carnaval

- Oi
- Oi...
- Qual seu nome?
- Bruna, e o seu?
- André... Vc é daqui?
- Não, da capital...
- Jura? Eu também...
- Hm...
- Vem sempre pracá no Carnaval?
- Não, é a primeira vez...
- Doido! Na boa, gostei demais de você, posso te dar um beijo?
- Não...
- Não?? Por que?
- Ué, porque não...
- Menina estranha...
- EI! Sai pra lá, não fica me cheirando não...
- Ai menina, é só pra te avisar que você tá fedida.
- Hahahahaha! Eu, fedida?
- Nossa, demais! Você num toma banho não?!
- Pois é, não...
- E nem escova os dentes, né?!
- Meu Deus, menino, você é muito esquisito!
- Você que é! Olha sua roupa...
- Pois é, mas você tava chegando em mim...
- Só porque estou bêbado!
- Ah! Então cai fora vai... Olha pra lá, tem um monte de mulher bonita por ai...
- Eu sei! Mas eu quero a mais feia da festa.
E depois de 3h de papo...
- Aqui, você é muito legal, muito gente boa, mas eu não vou ficar com você..
- Tá bom, eu nem quero mais ficar com você.
- Então vai aproveitar seu carnaval.
- Quero ficar aqui...
- Beleza! Então dá licença que eu vou...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Ele: 06/02/1987

Lembro que o achei grande.
Tinha uma cara séria, de poucos amigos. Não pareceu a pessoa mais fácil para me aproximar. Meio anti-social.
Entre umas e outras aula, vários cigarros. Sempre nos esbarrávamos no corredor. Ele fumando e eu atrasada. Aliás, os dois atrasados. Já fizemos várias provas de segunda chamada juntos.
Nos primeiros períodos a gente se encontrava em alguns bares, mas não trocávamos mais que uma duzia de palavras.
E lamento muito por isso. Lamento por ter perdido a oportunidade de conviver, cotidianamente, durante 3 anos e meio, com uma pessoa fantástica. Várias tatuagens, alguns piercings, vários copos de café e coca-cola, mais ainda são as latinhas de cerveja. Descobri que dentro de um homem grande, meio bravo e cheio de tiradas incríveis existe um menino doce, cativante e que faz muita falta. Nossos papos publicitários, os sonhos, a paixão que nos mantém acordados horas pensando e discutindo grandes idéias, a criatividade que nos move e a transmissão de pensamentos que ficou intensa desde que começamos a produzir trabalhos extraordinários.
Dizem que diretores de arte não enxergam as palavras, mas sentem...
E entre as briguinhas diárias de uma "quase dupla" de aquarianos, fica o orgulho eterno dos "filhos" que geramos.
Fomos eficientes. Ainda somos. Inavamos. Fizemos os professores babarem e outros colegas também. Ficamos amigos...
Mas esse é só o começo de uma história que ainda renderá muitas páginas. E será best-seller!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Ahhh, Escarpas...


Saímos de casa às 11h. Animadas e com algumas coisas avulsas na bagagem. O último final de semana das nossas férias universitárias, e a primeira viagem que há muito tempo tentamos fazer. Música alta no som, várias conversas...
Tinha uma Hillux do PR no meio do caminho. No meio do caminho tinha uma Hillux do PR.
As quatro horas de estrada pareceram minutos.
Ah Escarpas... Chegamos desavisadas e tivemos que esperar o barco voltar. Nada que um bilhetinho na janela de um carro e uma gretinha aberta na janela da cozinha não resolvessem. É, tinha uma tampa naquela casinha do gás. Tinha.
Piscina, sol, música do vizinho. Não tem tempo ruim. Direita e esquerda de repente não fizeram o menor sentido. E depois de muitos desencontros, o encontro. Tinha que ser ali. Mudamos de casa, bagunçamos as malas, perdemos algumas coisas importantes por aí. Rimos muito de tudo. Pelo menos tivemos uma segunda chance. E ainda bem que fomos buscar mais cerveja, mesmo não bebendo, aquelas cervejas fizeram muita diferença.
Noite maravilhosa. O céu estrelado só não foi mais especial que algumas conversas.
Amanhecemos. Alguém plantou pão-de-queijo, alguém resolveu caminhar, alguém não estava passando bem, alguém resolveu trancar a porta do quarto. Tentativas de um passeio super radical renderam histórias que serão contadas para os netos. E alguns hematomas para provar.
Uma futura-banda-de-sucesso nos cortou pelo caminho. Juro que virei fã. Nem que por 5 minutos.
Ahhhh, o verão...
"-Meu Deus, a chave!"

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O leão


Em uma floresta a margem do rio Atrium, onde o sol brilhava mais forte e as ondas beijavam a praia velozmente, vivia um leão. Um leão forte, bonito, inteligente e muito esperto. Um leão admirado por todos os outros animais, respeitado e querido. Todos na floresta queriam ficar perto do leão, pois sua conversa e sua atitude inspiravam grandes feitos. Era um leão alegre, sabia de tudo o que acontecia nessa e em outras florestas. Conseguia determinar a previsão do tempo olhando para as estrelas e arrumava alimento para todos da região com uma rapidez inigualável. Um leão.
Numa certa manhã de agosto amanheceu chovendo muito na floresta. Os animais ficaram desesperados e não conseguiram se acalmar para pensar em uma solução. Todos correram até o leão e esperavam dele uma ordem. Esperaram que o leão determinasse o que fazer, para onde correr e como agir. Mas o leão correu. Correu e se escondeu. Não por falta de condições, por falta de força, inteligência ou capacidade. Não por não conhecer a terra, as possibilidades e esconderijos. Por nada disso. Por medo. Medo de não conseguir. Medo de não cumprir com as expectativas. Medo de não conseguir fazer dar certo. Medo, apenas isso.
Era um leão forte, bonito, inteligente e muito esperto. Admirado por todos e muito querido. Mas ele próprio não sabia disso. Não acreditava no que ouvia ou fazia, não acreditava em si.

Para os leões do mundo: acredite em você. Você é muito melhor do que pensa que é.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Invista em você





Você não nasceu para ficar longe do lazer
Você não nasceu para ficar longe da natureza
Você não nasceu para ficar longe da sua família
Você não nasceu para ficar longe do conforto
Você não nasceu para ficar longe de você mesmo.
Invista em você





Investir em você é uma atitude de vida. É fazer coisas que te dão prazer. Investir em qualidade. Qualidade de tempo com sua família e amigos. Qualidade de espaço. É dedicar-se aos pequenos gestos que te trazem alegria e investir em algo durável. Seja uma relação, um negócio, um estilo. Distribuir sorrisos. Conhecer a si próprio e realizar seus sonhos. É sair da rotina, não levar a vida tão a sério.





Prepare-se para mudar de vida. Invista em você

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Holofote

Um holofote, é assim que as pessoas a reconhecem.
Seu brilho é contagiante e sua simples presença faz do mundo um lugar melhor. Seu sorriso irradia beleza, vitalidade e força. Ela sabe aproveitar a vida, e não liga para o que as pessoas pensam sobre o certo e o errado, sobre o branco e o preto. Ela quer viver, sem preconceitos e preceitos. Não como se fosse o último dia, porque chegamos aos últimos dias sempre carregados de medo, temerosos e com uma dose extra de negatividade. Ela vive como se fosse o primeiro dia. Com toda inocência e desejo, querendo descobrir, imaginando a vida, cheia de expectativa.
O primeiro dia, o primeiro momento, o primeiro passo. Cheia de garra e energia. Como se a vida toda fosse a primeira página em branco de um caderno. Porque é maravilhoso pensar que ainda temos várias páginas para rabiscar, para colorir, para escrever... E algumas para arrancar. A última página não deixa margem para erro. É última. Não dá para arrancar. É um espaço limitado. Ou você desenha, ou você escreve... Não existem mais possibilidades.
Ela quer viver. E ampliar a sua luz. Transmitir para mais pessoas, iluminar ainda mais os mundinhos particulares e escuros daqueles que estão a sua volta.
Se brilho é contagiante, e não apaga.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Voa

A menina continuava a voar. Estava solta, leve, sonhando, sem seus pés no chão. E queria mantê-los lá, no alto, onde seus planos pareciam inatingíveis, mas alcançáveis. Não queria descer.
Entre uma pipa e um papagaio ela percorria o caminho. Fazia do vento seu guia. Estava preparada para ir a qualquer lugar. Não tinha medo da distância, nem do destino. Ela queria voar.
Voa atento
Voa ao lento
Voa lento
Voa claro
Voa calmo
Sem tempo, sem momento exato
Experimento
Ali estava seu prazer. Não encontrava resistência. Era livre no seu pensamento. Que insiste em voar...

domingo, 11 de janeiro de 2009

Vende-se idéias

Escrever é ver além
é seduzir, é encantar
é traduzir sentimentos em palavras
Sentimentos que envolvem cada case, cada conto
Escrever é pontuar cada peça do portfólio
ser exato e ao mesmo tempo irreal
equilibrar emoção e razão
e permitir às vezes ser mais do que menos
Escrever é estender-se no papel
É colocar um pouco de si em cada frase
Para frasear
Redator é o artista das letras
Artista de palavras
Encontra motivação no lápis
Redator inspira
E às vezes expira
Vive, viaja
Permite-se ESCREVER