terça-feira, 13 de julho de 2010

Caminho incerto

Ela tentou atravessar aquele caminho algumas vezes. Era um caminho estranho, cheio de incertezas e surpresas.
Ela ouvia histórias de muitos que foram e não voltaram, perdidos naquele espaço de tempo irreal. Ela tentou atravessar aquele caminho algumas vezes, mas não chegou nem na metade do percurso; ia até o ponto que seus olhos ainda enxergavam a entrada. E quando o grande portão ameaçava sumir, ela corria de volta, sentava e assistia os corajosos que enfrentavam o inesperado. Então ela respirava fundo e prometia para si mesma que dessa vez não teria medo, mas a cada passo recordava de cada tombo que levou por desconhecer o terreno. Olhava cada cicatriz, recordava de cada lágrima que derramou por estar ali, sozinha no desconhecido. Alguns machucados ainda estavam lá, abertos, por mais que cuidasse, não cicatrizavam. E insistiam em doer.

Ela ouvia uma música para impulsioná-la e tentava andar um pouco mais rápido. Mas faltava coragem para atravessar o caminho desconhecido.

2 comentários:

Fernando Colares disse...

Tem caminhos que se atravessam juntos, de mãos dadas. Não adianta atravessar sozinha. Escolha uma mão que te traga segurança, e certeza de que: por mais difícil que o caminho seja, você não está sozinha. Veja se sua companhia tem o passo parecido e, principalmente se vão pro mesmo lugar.
Quanto mais se caminha, mais longe se fica da entrada... é verdade.
Mas veja bem... o caminho é o mais importante... a chegada é só o fim.

(Gostei do post, interpretei do meu jeito... comentei como quis)
Bjo!!!

Gabi Alvarenga disse...

Fer, adorei a interpretação e o comentário. =D
Com certeza de mãos dadas é mto mais fácil atravessar qualquer caminho...
Mas as vezes a gente precisa de coragem até pra estender a mão pra alguém, né?!
Ai nesse caso, a chegada é só o começo de um história de mãos dadas.

Bjão!